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A história tem início alguns minutos após a morte do Besouro Azul por Maxwell Lord na sede do Xeque-Mate. Essa organização tem a sua hierarquia similar ao do jogo de xadrez, tendo como comandantes maiores os reis e as rainhas e como agente de campo os cavalos. Sasha Bordeaux é um dos cavalos e narra boa parte da história. A agente fica indignada com o assassinato mas sabe que precisa manter o silêncio para não sofrer represálias, ainda mais porque ela já teve um relacionamento com o Batman.
Enquanto o Gladiador Dourado e a Mulher-Maravilha investigam o que ocorreu com o Besouro Azul, Max dá andamento ao seu plano de derrubar toda a hierarquia e comandar o Xeque-Mate sozinho. Para isso, o empresário que já foi líder da Liga da Justiça, conta com o apoio dos OMACs (One Man Army), o exército de um homem só criado por Jack Kirby, agora é um vírus tecno-orgânico capaz de transformar pessoas em seres superpoderosos controlados pelo Irmão Olho.
As maiores consequências dessa mini-série é o que se sucede com o assassinato de Maxwell Lord pela Mulher-Maravilha em Superman 46 publicada no mesmo ano, a partir daí, o Irmão Olho passa a executar a diretriz de destruir todo o Xeque-Mate e todos os seres superpoderosos. Cabe ao Batman e aos heróis amigos do Besouro Azul que um fia foram membros da Liga da Justiça tentar impedir.
O roteirista Greg Rucka utiliza de um artifício desafiador para o roteiro que é a narração pelo ponto de vista de Sasha Bordeaux e deixar heróis como Batman e Mulher-Maravilha como coadjuvantes. Isso além de ousado conseguiu criar o clima de mistério que a história pede; ao final de cada capítulo, ele sempre deixa um gancho impactante. A história sabe explorar com maestria o clima de desconfiança entre os heróis que ficou após os acontecimentos de Crise de Identidade. Além disso, o gibi oportuniza matar a saudade da Liga da Justiça de Keith Giffen mas com uma pegada séria.
A maior parte dos desenhos são de Jesus Saiz e contou também com Cliff Richards e Bob Wiacek. Esse é o ponto fraco do gibi. O traço não consegue passar a obscuridade que o clima do gibi pede e acaba não aportunizando um grande impacto. Eu não gosto das expressões dos personagens e muito do traço é mais do mesmo, ainda que de início o traço seja satisfatório, o desenho não consegue manter a mesma qualidade.
Projeto OMAC é uma história de meio (precisa ler uma história antes e prepara para um evento depois) mas tem um ótimo roteiro, entrega acontecimentos surpreendentes e é bem conduzido. Apesar dos desenhos serem medianos é uma história que vale a pena a leitura como introdução para a Crise Infinita.
Destaque da obra:
- morte do Arremessador
- morte do Soviete Supremo 7
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