Após enfrentar Savitar, Wally West desaparece e, em seu lugar, surge um novo velocista vindo do futuro. Ele é um admirador do Flash e decide vivenciar a sua era e ajudar no combate ao crime. Isso vem ao encontro do desejo de Linda de prender o vilão Calafrio, um bandido que sempre foi tão ridículo quanto o nome mas que a condução da investigação para pegá-lo vai deixando rastros que ele é bem mais perigoso e inteligente do que parece. Enquanto isso, Flash está a séculos no futuro e por lá busca retornar ao seu tempo, mas tudo o que consegue é ir para uma outra época. O que os diferentes séculos por onde ele passa têm em comum é a maneira como Wally, mesmo sendo do Século XX, exerce influência por lá. Esse é um arco inédito que foi publicado nas edições de A Saga do Flash 12 e 13 pela Editora Panini em fevereiro e abril de 2025.
O roteirista Mark Waid conduz essa história e conta com o auxílio de Brian Augustin no ultimo capítulo. O que me chama a atenção na leitura é a leveza como ele consegue narrar os acontecimentos, um estilo bem incomum quando comparado a narrativa dos quadrinhos de heróis atuais que vai inserindo elementos, referências a outras histórias e falas desinteressantes que só dificultam a leitura.
Esse arco inicia aparentemente bem ingênuo, tanto na obsessão em Linda resolver prender um vilão ridículo quanto ao mostrar onde Wally se encontra, com uma história que é uma homenagem a sua personalidade impulsiva. Contudo ao desenvolver o arco, os elementos vão ficando mais complexos com mistérios aparecendo que vai além da identidade do novo velocista que apareceu ali, além da presença de outros vilões já tradicionais, cujo laço foi realizado ainda na mini-série A Vingança do Submundo. Além disso é interessante notar como os elementos vão se interligando mantendo a coesão e dando complexidade à narrativa.
Os desenhos são de Óscar Jimenez, Anthony Castrillo, com participação de Jim Cheung e Sergio Cariello no último capítulo. Todos eles com um estilo cartunesco que consegue expressar bem o movimento frenético dos personagens. Apesar de serem citados quatro artistas, a diferença nos traços deles não são acentuadas o suficiente para interferir na história, fazendo com que cada um deles mantivesse o seu estilo dentro da proposta do arco.
A Saga do Flash Corrida contra o Tempo é um excelente arco cuja qualidade surpreende ao saber que só foi publicado no Brasil 30 anos depois. É bem verdade que essa é uma leitura voltada para quem está acompanhando essa fase do roteirista Mark Waid publicada em A Saga do Flash e que vai desfrutar de uma leitura divertida, bem conduzida e que soube aproveitar tanto os elementos narrativos quanto o belo traço dos artistas que construíram essa história.
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