Primeiras Impressões - O Imortal Hulk


Desde o fim de Guerra Secretas de 2016 o Hulk (Bruce Banner) estava sem dar as caras em histórias inéditas. Esse primeiro encadernado traz a volta do Gigante de Jade com seu alter ego original e inicia uma nova fase do personagem.

Antes de entrar no enredo da história, eu preciso explicar sobre o que havia ocorrido com o Hulk até então. Após a mencionada saga Guerra Secretas, Bruce Banner consegue criar um aparelho que retira toda a radiação gama do seu corpo, mas como energia não desaparece, ela precisa ser transferida ou transformada de alguma forma. O meio escolhido foi o jovem Amadeus Cho, que se ofereceu para absorver toda aquele poder e tornar-se uma versão do monstro, que acabou sendo apelidado como Chulk.

Quanto a Banner, nada que ele fizesse o transformaria no Hulk, poderia xingá-lo, dar choque, jogá-lo na parede ... nada o fazia se transformar, qualquer exame que ele fizesse não mostrava nem rastro de radiação gama, tudo levava a crer que ele estava livre.

Ele passou a viver a vida livre, leve e solto, até que um dia um ser com poderes de premonição viu que Banner iria se transformar novamente e sair matando geral. Crendo que a previsão era certeira, o Gavião Arqueiro enfiou uma flexa em Banner que finalmente descansou em paz, esses acontecimentos ocorreram durante a Guerra Civil 2.

E aqui começa a história desse encadernado que faz parte da iniciativa Marvel Fresh Start (como a editora Panini não traduziu, eu uso Começo Fresco criado pelo youtuber Vinícius 2Quadrinhos). Nem Bruce Banner e nem o Hulk podem morrer, a radiação gama não deixa!

Contudo é preciso ressaltar que além da longevidade, a mutação do personagem é uma constante. Isso ocorre mais intensamente após situações extremas como a explosão de uma granada nas mãos de Banner, uma flexada ou até mesmo a explosão de uma outra bomba gama. Por isso temos um Hulk atual que é bem mais cruel e não perde a oportunidade de usar tanto a violência física quanto a psicológica contra seus desafetos.

O roteirista Al Ewing revisita a ideia original em que o personagem foi concebido: uma criatura que lembra os contos de terror. Assim ele conduz a sua história, uma pitada de horror mas que é ambientada dentro do Universo Marvel. O roteirista faz com que o personagem pule o cercado do heroísmo inocente e traz um anti-herói que se diverte em aterrorizar e quebrar uns ossos de quem ele acha que merece.

Os desenhos ficam por conta do paraense Joe Bennett (a capa é de Alex Ross) que traz um traço cartunesco mas com diversificação de acordo com o que a narrativa pede. A atuação dos criadores desse gibi levou a indicação ao prêmio Eisner na categoria Melhor Série.

O Imortal Hulk é uma oportunidade pra quem quer começar a acompanhar o personagem ou voltar a lê-lo. Apesar do gibi trazer referências dos anos 90 e algumas situações recentes, isso não irá prejudicar o entendimento do novo leitor.

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