Casa dos Mistérios foi publicada pela primeira vez no Brasil em 2010, mais particularmente a sua versão mais atual, já que a origem do título é de 1951. A história começa na surpresa de Caim ao descobrir que a sua casa sumira. Caim e Abel são personagens antigos da DC e donos respectivamente das Casas dos Mistérios e a dos Segredos. Eles foram reaproveitados por Neil Gainman em Sandman antes da estreia dessa nova versão da revista.
Da surpresa de Caim a história mostra uma garota nomeada de Keele fugindo de dois fantasmas, ela uma estudante de arquitetura que traz consigo várias plantas da casa que tantas vezes ela sonhara.
Em seguida, o argumentista Matthew Sturges mostra a premissa do gibi. Trata-se de uma casa impossível de se localizar no espaço, habitada por diferentes seres que não podem sair de lá. Eles convivem num bar onde podem consumir o que quiserem, em troca eles teriam que contar uma história, quanto mais interessante, mais sua dívida seria abatida, apenas uma história é contada por dia.
Nesse momento, uma outra equipe criativa se encarrega de narrar a história, em cada revista, uma história seria contada por um personagem diferente. A fuga de Keele dos fantasmas a leva a adentrar-se nessa casa e assim o enredo se inicia ...
Entramos na Casa dos Mistérios juntos com Fig Keele e somos apresentados aos personagens perincipais: a garçonete Cress, uma pirataria e ao bartender Harry Bailey. Ainda que Fig tenha se decepcionado com a falta de trato de Harry, ela terá que conviver com ele, pois uma vez que se entra lá, a pessoa não pode mais sair.
A Casa dos Mistérios é um gibi de aventura que vende o que o título propõe. Ele também é uma oportunidade de conhecermos pequenos trabalhos de outros autores.
Matthew Sturges traz nesse primeiro arco os elementos que prendem a minha atenção para querer continuar a ler as próximas histórias, ainda que o enredo inicial é que os acontecimentos ocorram dentro de uma casa, o título não se torna enfadonho e principalmente com a revelação ao final do arco, as coisas ficam ainda mais estranhas, por incrível que pareça. Os desenhos de Luca Rossi traz o movimento como destaque.
Infelizmente esse título só foi publicado na extinta revista mensal Vertigo mas é uma ótima sugestão pra quem gosta de histórias de aventura com uma pitada de terror.
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