Capitão América retorna ao nosso mundo após ficar um ano no universo compacto de Heróis Renascem e de sido dado como morto na nossa realidade. Ele retorna no Japão em meio a um desfile em homenagem a cultura americana. Steve Rogers consegue impedir que a Hidra mate várias pessoas e decreta guerra a essa organização criminosa. No meio a guerra contra a Hidra, o Capitão se vê obrigado a deixar seu escudo afundar no mar para salvar uma vida. Assim, o herói passa a usar um escudo no formato do seu primeiro, na época da Segunda Guerra.
Mark Waid escreve esse arco e isso já é um destaque em si. Waid de uma maneira excelente consegue definir bem o personagem, seja na sua ligação com o seu escudo e como o objeto passa a ser um companheiro, seja no sentido de Sentinela da Liberdade que vai além de defender uma bandeira americana mas nos ideais que ela representa, seja no perigo em idolatrar e confiar exageradamente em qualquer um, inclusive nos heróis.
Para definir o herói, Waid traz a expressão Capmania, originada com a idolatria do personagem no mundo após a sua "morte". Em contra partida, o argumentista mostra as qualidades que conquistaram tamanha admiração: a luta de um homem contra uma organização criminosa, a sua persistência e a sua liderança a ponto de levar a população a entender que a confiança irrestrita é perigosa. Para isso, Mark Waid traz um skrull (alienígena com poderes transmorficos) infiltrado na Hidra que, após a prisão do Capitão, assume a sua aparência e decreta que outros skrulls estavam espalhados a sociedade, que todos aqueles com comportamentos "estranhos" poderiam ser um alienígena. Isso foi o estopim pra que as pessoas começassem a se agredir em todo o país. Um arco de exaltação e de reflexão de uma excelente história que vai além da trama do bem contra o mal. Essa história foi publicada pela primeira vez no Brasil em 2000 e merece ser lida e relida. Os desenhos são de Ron Garney e Dale Eaglesham com umas cenas dramáticas e polêmicas.
Destaques da obra:
Capitão América perde o seu escudo clássico.
Uso do escudo no formato do primeiro utilizado pelo personagem.
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