ESSE TEXTO CONTÉM SPOILERS
Noturno estava curtindo o pós vida lá no Céu quando ele é surpreendido por um exército de Bamfs vermelhos, os Bamfs são mini-elfos irmãos do Noturno. Junto com os diabinhos, estava o pai do Noturno, o demônio Azazel! Enquanto isso na Terra, a mutante Flama retorna a Escola Jean Grey pra assumir o cargo de professora e voltar aos X-Men, isso coincide com uma invasão de Bamfs por lá. Eles construíram um maquinário que serve como um portal, o que atrai os X-Men que atravessam-no e, assim, parte da equipe vai para o Céu e a outra metade vai para o Inferno. Esse primeiro arco foi publicado na revista mensal X-Men Extra números 14 a 16 pela Editora Panini entre março e maio de 2015 durante a fase conhecida como Totalmente Nova Marvel.
Os mutantes são uma espécie que tem a sina de sofrerem preconceito e de ter péssimas ou confusas histórias publicadas. Isso porque os personagens com gene superior acabam arrastando consigo décadas de uma cronologia confusa com milhares de personagens que vem e vão e apenas os fãs fervorosos são capazes de entender. Isso até o roteirista Jason Aaron assumir essa série! Aaron consegue trazer uma narrativa leve e objetiva que além de divertida, consegue deixar que a própria história explique o que é preciso saber. É bem verdade que o leitor novato vá encontrar um ou outro personagem tipo a Rachel Summers que ele não sabe quem é, mas pra essa história, isso é um detalhe que não atrapalha a compreensão da trama.
Os desenhos ficam por conta de Ed McGuiness que tem um traço cartunesco cheio de personagens enormes mas que combinam muito com a narrativa da história por intensificar o clima despretensioso que envolve o leitor com facilidade. É uma pena que nesse arco o artista mostrou uma qualidade inconstante, variando momentos ruins com a Tempestade, até cenários lindos no Céu. Uma outra característica de McGuiness também presente aqui são diversas imagens de impacto durante todo o arco. É uma pena que nem os desenhos e nem o roteiro conseguiu passar emoção suficiente quando cada um dos X-Men reencontrou o Noturno e muito menos quando o professor Xavier apareceu misteriosamente no Céu.
Espetaculares X-Men À Procura de Noturno é uma leitura despretensiosa que diz ao que veio ao trazer uma trama divertida, ainda que não surgisse um impacto dramático quando a equipe reencontra o até então falecido Noturno. De qualquer forma, entre tantos lançamentos e relançamentos de quadrinhos com mutantes, esse vale a pena ser lido e consegue se fazer entender mesmo por quem não vem acompanhando a imensa cronologia mutante. Eu escrevo esse texto após quase dez anos do lançamento dessa história no Brasil e infelizmente não há nenhuma republicação dela.
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