Capitão América é um fugitivo da justiça! Depois de ser preso por um crime que não cometera, ele é resgatado da prisão para supervilões, o Mirmidão, pelo grupo de super-heroínas chamado as Filhas da Liberdade. Esse é o terceiro arco da fase do roteirista Ta-Nehisi Coates com o herói e que saiu na sua revista bimestral em 2020 pela Editora Panini.
Agora como um foragido, Steve Rogers precisa voltar a conquistar a opinião popular, para isso ele vai realizar algumas missões para as Filhas da Liberdade, mas ele fica desconfiado das boas intenções delas. Toda a realidade é muito confusa e os conceitos de certo e errado possuem definições complicadas. As missões que ele realiza junto com as heroínas desse grupo possuem um conceito de justiça diferente do que ele estava acostumado por ter que lidar em oposição aos agentes da lei.
O roteiro desse arco peca em alguns momentos por ser repetitivo nessa ideia do "mundo completamente diferente" que está presente desde a primeira edição. A HQ teria como ponto alto o fato do herói conseguir convencer as pessoas de quais são as suas intenções, contudo isso ocorre com aqueles discursos clichês de filme da Seção da Tarde e fica bem canastrão. Além disso, a outra proposta de destaque seria a revelação da origem das Filhas da Liberdade com uma reviravolta de explodir a cabeça. Porém mais uma vez a solução criada não é convivente e cria uma situação forçada por mexer com detalhes da vida de Steve Rogers do tempo da Segunda Guerra Mundial.
Os desenhos desse arco são de Jason Masters com participação de Sean Izaakse, Bob Quinn e Lucas Werneck. Essa é uma história que tem um enredo cheio de seriedade e procura dialogar com a realidade, por isso um traço simples e meio cartunesco, típico dos quadrinhos de heróis como o dessa história, não combina. Apesar de haver a intenção do rosto do protagonista lembrar o Chris Evans, a sequência de acontecimentos é ilustrada com pouca preocupação com detalhamento, o que não me agradou.
Capitão América - A Lenda de Steve é um arco que promete muito mas não entrega. Ele tinha duas grandes intenções que era mostrar o herói resgatando a confiança da população e surpreender com a revelação das Filhas da Liberdade e não consegue ser bem sucedido em nenhum desses feitos. Apesar disso, a história diverte principalmente pra quem faz uma leitura descompromissada. Só é preciso lembrar que ela faz parte da fase do roteirista Ta-Nehisi Coates com o personagem e é preciso ler as edições anteriores.
Traduzido por - Jotapê Martins
Destaque da obra:
- revelada a origem das Filhas da Liberdade
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