Rann, o planeta adotivo de Adam Strange, é retirado de sua órbita e jogado na órbita de Thanagar, que não suporta esse acontecimento e começa a ser destruído. Os rannianos vão resgatar os Thanagarianos dispostos a deixar o planeta. Com Rann habitado por duas raças, logo seus líderes religiosos semeiam o ódio e o temor que passam a separá-los, provocando uma guerra. Para piorar, os líderes dos dois povos passam a negociar aliança com raças de outros planetas e a guerra que era interna passa a dividir o universo com os interesses diretos e os obscuros sobre essa guerra. Para tentar restaurar a paz, Adam Strange faz uma aliança com os thanagarianos Gavião Negro e Mulher Gavião. Em meio a toda essa confusão, os Guardiões do Universo decidiram ficar neutros e ordenaram ao Lanterna Verde Kyle Rainer uma missão ali perto mas o proibiram que ele interferisse na guerra. A mini-série foi publicada no mix da revista Contagem Regressiva para Crise Infinita, publicada pela Editora Panini em 2006.
O roteirista Dave Gibbons faz uma saga grandiosa envolvendo várias raças da DC além de perdonagens difíceis de aparecer como alguns dos Ômega Men e o Capitão Cometa. A história tem o ritmo frenético já que logo nas primeiras páginas a guerra já está acontecendo e permanece até o final, além disso a tensão aumenta quando os diversos planetas tomam partido e gera uma expectativa de que a guerra vai desenborcar em algo intergalático.
Todos os elementos estão bem colocados até o momento que a saga relaciona-se com a mini-série do Adam Strange que saiu um pouco antes. Um personagem de grande relevância para o enredo e uma consequência do quadrinho citado têm grandes relevância para a compreensão dessa história e como eu não havia lido, isso me tirou da história e a situação para mim só piorou, logo próximo ao final eu já perdido o interesse e ainda por cima todo a expectativa gerada com o envolvimento dos diversos planetas foi deixada de lado. Um outro aspecto mal trabalhado na história é a diferenciação entre a religiosidade Thanagariana e o cientificismo de Rann, um elemento subexplorado, parece que Gibbons não soube aproveitar o espaço do quadrinhos para explorar bem todos os elementos que ele cita.
Os desenhos são do paulista Ivan Reis que contou ao final com a colaboração do paulista Joe Prado e do paraense Joe Bennett. Os desenhos são o grande destaque da história com o estilo detalhado e com o talento de Reis que sabe colocar ângulos inusitados para as suas cenas deixando as página ficam deslumbrantes. Contudo o fato de o desenhista não poder ter conduzido a história do início ao fim foi uma perda porque com a mudança de estilo entre os artistas, o traço não conseguiu manter a uniformidade e nem a qualidade.
Guerra Rann/Thanagar é uma mini-série que inicia muito bem mas que requer a leitura anterior da mini-série do Adam Strange. Os seus acontecimentos têm importância para a saga Crise Infinita e por isso a leitura dela acaba sendo recomendável. Como eu não li a mini-série do herói ranniano, eu acabei perdendo o interesse na história próximo ao final e a leitura ficou apenas como uma referência para entender a sua citação em Crise Infinita.
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