Ter um blog sobre quadrinhos inicialmente foi pensado como uma forma de passar o tempo para me tirar das redes sociais e com isso eu não ficar me irritando em debates sobre política. A ideia foi ficando e eu a fui aperfeiçoando sobre o que eu queria com o blog. Eu mantenho a intenção original de passar alguma informação para quem não lê quadrinhos e precisa de algum direcionamento, contudo o termo "blog" foi fazendo também parte dessa intencionalidade e os meus textos além de falar sobre quadrinhos mostram as divagações que aquele quadrinho provoca além das sensações, eu faço isso sempre que é possível. Além de mostrar algumas coisas relevantes de 2021 em consequência do blog, vou citar nesse texto as publicações que atingiram o maior alcance no ano nas minhas diferentes redes sociais.
O blog em si não viveu o seu melhor momento nesse ano, o alcance dos textos vem caindo mas além de me fazer bem como passatempo, me faz bem enquanto leitor porque eu preciso ficar mais atento as minhas sensações durante a leitura e o que ocasionou aquilo. Isso sem falar nos momentos em que eu pesquiso para fazer os textos.
Uma situação interessante é o fato de textos de anos anteriores continuarem sendo lidos e os desse ano não conseguem atingir o mesmo interesse. Contudo se os textos atuais não fizeram tanto sucesso, há situações fora do blog que não ocorreriam se ele não existisse. Esse ano fui convidado pra participar do podcast do site Quinta Capa ouça aqui em que eu e outros falamos como era ser colecionador adolescente nos anos 90. Um outro grande momento foi ter sido convidado a participar de um grupo pequeno de whatsapp (menos de 6 membros que é o melhor tamanho pra um grupo) em que se discute sobre quadrinhos, mercado editorial e do nada a discussão migra pra um monte de coisa cabeçuda que me ajuda a pensar e a repensar várias coisas sobre outros pontos de vista.
Esse ano foi que eu assumi de vez que eu precisava me comunicar também por vídeo. Quando eu baixei o aplicativo Tik Tok pude ver que não era um aplicativo de dancinhas mas que lá era discutido assuntos variados com diferentes graus de complexidade. Eu me senti realmente em casa quando eu vi que vários dos canais são vídeos toscos os que fazem muito sucesso. Isso porque eu levo o tempo que for necessário pra editar meus textos mas por favor não me peça pra editar vídeos! Eu decidi falar de um a três minutos do quadrinho que eu estou lendo e gravo na tora, sem nenhum roteiro e aí! Isso acabou que eu conheci o canal da Taverna dos Bruxeiros por lá e a gente sempre troca umas ideias nos comentários dos vídeos um do outro sigam aqui!
O fato é que além de ter um compromisso comigo mesmo, eu hoje me vejo com compromisso com leitores e seguidores eventuais e o compromisso também com a Editora Devir que manteve a parceria com o blog.
É claro que não há texto de final de ano sem apontar os melhores momentos e vou citar os das minhas diversas redes sociais. A minha publicação do Instagram sobre o fumetti Adam Wild foi a mais vista. Ela teve um alcance de 683 contas e 23 curtidas. Já o vídeo do reels de maior sucesso foi Gotham City Contra o Crime (Brubaker né!). Já o meu canal do YouTube foi feito pra ter cinco vídeos por ano e se a minha câmera não voltar a funcionar não vai ter nem isso. No meu canal do YouTube o vídeo mais visto foi o anúncio da fase da Mariko Tamaki na Mulher-Maravilha.
2021 foi marcado na minha entrada nas plataformas de vídeo curto e o vídeo no Tik Tok de maior destaque foi anunciando o Dia do Quadrinho Grátis organizado pela Editora Devir. Ele teve 727 visualizações e 33 curtidas. Já que eu já tinha um aplicativo de vídeo, eu baixei outro e o vídeo no kwai mais visto foi sobre a edição especial de 80 anos do Lanterna Verde, uma edição barata e tudo de bom! Ele teve 1100 vizus e 24 curtidas.
É claro que eu não vou escrever um texto sobre ser blogueiro e esquecer do próprio blog! O texto mais acessado no ano foi Garimpando Financiamento Coletivo - Ligeiro Amargor . Isso me trouxe uma enorme satisfação porque eu queria usar meu espaço pra divulgar projetos que merecem maior atenção e o retorno dos quadrinhos africanos ao Brasil me atrai de maneira especial. A ideia era anunciar todos os projetos de quadrinhos africanos mas não foi possível porque a editora Literáfrica não me enviou informações necessárias para compor o texto e, no caso da Editora Skript, os prometidos benefícios aos apoiadores do financiamento coletivo foram compartilhados aos clientes da Amazon ao mesmo tempo. Por isso a ideia de campanha pra viabilizar um projeto morreu, no meu entendimento.
O que eu espero de 2022 é que o ano seja marcado pela enorme rejeição desse presidente genocida nas urnas para que a ideologia mais nefasta dessa extrema direita tosca possa perder força e que o país volte a entender que somos um país diferente em inúmeros aspectos e por isso é preciso que mais e mais pessoas se vejam representadas nele, um debate que sempre fez parte da essência das histórias em quadrinhos.
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