Os Guardiões do Universo chegaram a conclusão de que os seus conhecimentos sobre o universo estava estacionados e partiram em busca de novos. Assim Oa decide que Jovens Guardiões precisariam assumir esse lugar. Em 2021 a Editora Panini publicou essa história na revista bimestral do Lanterna Verde números 10 ao 13.
Hal Jordan foi incubido de ir atrás dos substitutos dos Guardiões no Planeta Maltus que estava passando por uma guerra, resolvida a situação era preciso germinar cada um desses novos seres superpoderosos. Após se desenvolverem, eles incubem ao Lanterna Verde missões em que é revelado apenas o local e o primeiro deles é a Terra, ainda que Hal não estivesse com desejo de retornar.
Grant Morrison traz um enredo interessante mas ao adentrar-se em cada uma das 12 partes, ele se permite narrar os acontecimentos à sua maneira psicodélica em que a cada página fica cada vez mais difícil compreender o que está acontecendo e ele acaba utilizando vários recursos para piorar isso como a fala de alguns dos seres, uma mistura de chiado mas que com esforço você encontra ali frases em que eles se comunicam com os heróis, em outros momentos há personagem cujas letras estão dispostas ao contrário, entenda, não é que a palavra esteja escrito na sequência contrária como nas falas dos magos, é cada letra está desenhada de trás pra frente. A história fica tão complicada que eu desisti de querer encontrar algum sentido naquilo e me vi praticamente passando as páginas e olhando as figuras tamanha foi a minha perda de interesse.
O que salva dessa história são os desenhos de Liam Sharp. A mente perturbada de Morrison o fez utilizar de vários estilos diferentes de desenhos em cada uma das histórias ou todos eles na mesma história. Há desde de um lápis simples inspirado na arte dos anos 60, a um outro mais detalhado e chegando a uma arte completamente digital. Em alguns momentos eu me vi lendo um quadrinho europeu da 2000 AD tamanha a diferença narrativa com arte diferente. Até que no início ficou interessante por me tirar do marasmo das histórias de heróis, mas chegando próximo a metade eu já não acompanhava tamanha insanidade. Eu deixo minha total solidariedade ao Léo Kitsune Camargo que teve que traduzir toda a obra e se virar pra entender o texto em inglês e tentar fazer o seu melhor pra traduzir frases que lembram os twits de Carlos Bolsonaro tamanha a surrealidade em meio a um arcabouço de citações do Universo do personagem e da vasta bagagem cultural do autor.
Lanterna Verde Segunda Temporada é um quadrinho que eu não recomendo pra nenhum leitor iniciante e nem para os veteranos. Essa é uma obra de Grant Morrison que eu recomendo apenas pras 50 pessoas que conseguem acompanhá-lo quando ele está no auge da sua piração. Se você quer sair da rotina dos enlatados quadrinhos estadunidense de herói, esse certamente é a história ideal, só não sei se você achará divertido porque eu mesmo não achei. O melhor é saber que essa fase são só duas temporadas e uma história intermediária. Se por acaso você sentir o mesmo que eu, leia pelo menos as histórias curtas ao final que vale a pena.
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