Mulher-Maravilha 47

 


A Mulher-Maravilha agora se vê obrigada a formar dupla com Maxwell Lord que agora é um vilão da DC. A dupla precisa enfrentar uma nova (em ambos os sentidos) vilã chamada Mentirosa que têm poderes parecidos com o do Lord e ainda utiliza de celulares para manipular mentes. As histórias dessa edição foram publicadas na revista bimestral da personagem pela Editora Panini em junho de 2021.

A roteirista Mariko Tamaki traz um Maxwell Lord como se fosse um arqui-inimigo antigo da Mulher Maravilha. O personagem passou anos agindo como herói quando foi líder da Liga da Justiça e em seguida do Cheque-Mate isso até ser morto pela Princesa Diana quando ele anunciou um plano maligno e estava controlando a mente do Superman. De lá para cá, o Universo DC foi supostamente reiniciado. Com a iniciativa Os Novos 52, a editora estadunidense reviu isso e passou a considerar a cronologia antes desse evento (o passado do personagem é mencionado nessa edição). Eu entendo que atualmente querer seguir uma cronologia é perda de tempo e a gente como leitor precisa se contentar com o que está posto e é nítido a influência do filme Mulher-Maravilha 1984 no enredo para atrair o público do cinema pros quadrinhos, decisão que costuma não funcionar nos quadrinhos.

A roteirista faz uma história bem leve e com diversão fácil contudo eu não gosto desse Maxwell Lord que parece bem mais um vilão de quinta que não coloca medo em ninguém. Uma outra falha do roteiro são as piadinhas que não funcionam e são desnecessárias, bastava que ela conduzisse a história com o seu estilo de narrar a ação que já estava de bom tamanho. 

Os desenhos são de Carlo Barberi e Steve Pugh. Barberi já havia sido um dos desenhistas da edição anterior que não me agradou, já Pugh tem um estilo bem melhor que salva a edição já que ele detalha mais e os seus personagens não possuem a cara de adolescentes como Barberi traz. 

Mulher-Maravilha 47 é uma edição divertida para uma leitura descompromissada naqueles dias que a gente quer mesmo é relaxar sem ter que pensar numa trama complexa. Vale a pena ignorar as piadas ruins e um Maxwell Lord sem sal para ler uma história simples e agradável.  

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Ficha técnica:

Tratudor: Mário Luiz Barroso

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