Top 10 e Menções Honrosas de 2020

 


Esse é o texto mais esperado do ano! Aqui eu nomeio as melhores leituras de 2020. A ordem leva em consideração a sensação que eu tive ao ler a obra como critério acima dos técnicos. Esse ano resolvi listar em ordem crescente as 10 melhores leituras do ano e 10 menções honrosas que são gibis lançados em anos anteriores mas que eu só li agora, aqui a ordem é aleatória. Em todos as hqs citadas, eu deixo o link para uma resenha do blog ou no instagram. Como eu costumo esclarecer, esse é a seleção dos livros que eu li, por isso  ela é incompleta já que não é viável eu ler todos os gibis lançados no ano. 

Top 10

10° - Thomas la vie en rose - o estreante Arthur Pigs conseguiu me surpreender, sabe quando você está envolvido num gibi de um assunto do cotidiano e, tudo bem, fica um mais do mesmo legal e você está satisfeito com aquilo. O problema é que do nada aparece uma reviravolta e a temática da história muda! Foi isso que o trouxe para essa lista.

 

9° - Miles Morales - Homem-Aranha Volume 2 -nesse segundo encadernado, o foco está na relação entre o pai e o tio de Miles. Sempre que um autor procura fugir do óbvio nas histórias de herói é algo que eu admiro, quando a história é bem construída fica ainda melhor. 

8° - Júlia Graphic Novel - uma história dos tempos em que a criminóloga Júlia Kendall ainda era uma estudante mas já dava mostras do que viria a se tornar. Essa é uma história de dedetive que me deixou com o queixo caído não fosse por alguns problemas da visão do personagem da relação professor-aluno é possível que o álbum estivesse numa colocação maior. 

7° - O Imortal Hulk Volume 2 - após a Marvel ter criado um Hulk coreano mal feito, Bruce Banner retorna com histórias surpreendentes mas que se pudesse ambientá-lo fora do universo tradicional da Marvel e deixar Al Ewing para fazer o que bem quisesse, possivelmente teríamos um clássico. 

 6° - O Relógio do Juizo Final - o desafio de trazer Watchmen para o universo tradicional da DC foi bem sucedido e o roteirista Geoff Johns conseguiu encontrar uma boa justificativa pra toda a bagunça da DC com o reinicia-não reinicia que só confundiu os leitores, pena que ainda assim a mini-série não vai ser aproveitada como deveria para a cronologia. 

5° - Diário da Maromba - Caio Oliveira tirou boas risadas de mim com essa coletânea de tirinhas que mostram a experiência de um recém entrado em academia de musculação, me identifiquei muito com as fantasias que ele retrata em algumas das páginas.

 4° - Pantera Negra Império Intergaláctico de Wakanda - Ta-Nehisi Coates transporta T'Challa pra um mundo distante e cria toda uma situação inusitada digna de um ótimo episódio de Star Trek. É legal sentir junto com o personagem todo o estranhamento de estar num lugar estranho.

3° -  Orixás Iku - um trabalho de pesquisa bem feito me conquista facilmente. Alex Mir faz um ótimo gibi trazendo as histórias dos Orixás, conhecendo ou não dessa cultura, é possível aprender sobre ela de uma forma divertida e com grandes desenhistas.

 2° - Cascão Temporal - a versão de Camilo Solano para o Cascão foi concebida antes desse ano, contudo o enredo de isolamento acabou se adequando na realidade de pandemia que tivemos que enfrentar. A leitura foi uma mensagem de esperança em meio há tanto medo e dúvidas.

1° - Fala, Maria - há tanta desinformação sobre autismo que encontrar uma obra que informe é um achado! A obra do mexicano Bef mexeu comigo esse ano como nenhum outro gibi. Eu lia as páginas com um misto de riso e lágrimas que eu não consigo definir. Um quadrinhista que tira muito sentimentos com traços simples e singelos. Quando li já sabia que estaria entre as três melhores leituras do ano e agora falo com tranquilidade que foi o melhor gibi que eu li em 2020. 

 


 Menções honrosas (ordem aleatória):

 - Coringa - apesar do título, o Coringa acaba funcionando como consequência da escolha de um bandido que queria muito ganhar algum destaque na sua vida fracassada, uma história que tem foco na mente desses dois personagens.

 - Aya de Yopougon 2 - nessa segunda edição, Marguerite Abouet explora com mais detalhes os seus personagens e cria vários ganchos narrativos a ser trabalhados nas edições posteriores que infelizmente nunca veio ao Brasil.

 - Uzumaki - Junji Ito faz uma ótima obra de terror nos roteiros mas prinvipalmente nos desenhos. Ele ainda consegue inserir crítica social nesse gênero que torna a obra ainda mais interessante. 

 - Júlia 5 Os Reféns - essa foi uma história que conseguiu me deixar tenso durante a leitura, um crime perfeito mas as situações inesperadas vão deixando tudo incontrolável.

- O Quilombo Orum Aiê -  André Diniz soube tocar fundo quando nos permite refletir sobre a importância de lutar por resistência ainda que pareça improvável.

- Do Inferno - Alan Moore é um dos maiores contadores de histórias e essa é uma das obras que confirma isso, além disso faz gosto saber que muitos dos detalhes da obra é fruto de uma extensa pesquisa. 

- A Marcha Livro 2 - se no primeiro livro a história do senador estadunidense já é impactante, nesse segunda parte a sua biografia fica ainda mais dramática e a gente fica indignado sobre o quanto as pessoas agem de forma cruel quando se sentem superiores aos demais pela simples diferença de cor da pele. 

- Tungstênio - Marcelo Quintanilha mesmo utilizando poucas gírias, consegue transpor o sotaque baiano nas falas de uma forma que parece que estamos escutando cada personagem.

- Lex Luthor Biografia Não Autorizada - essa é uma história que mostra bem o caráter distorcido desse personagem que tem como poder toda a influência que o dinheiro pode comprar.

  - A Morte do Capitão Marvel - essa é uma história tão icônica que, diferente dos demais, o personagem morreu e nunca mais voltou.


 

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