Após literalmente ter sido feito em pedaços por Daken, o filho do Wolverine, Justiceiro havia sido um morto-vivo, uma versão do Monstro de Frankenstein, o Fraken Castle. Contudo na Marvel toda mudança é temporário, o Justiceiro retorna com a sua sede de vingança renovada.
Um pouco antes da saga Reinado Sombrio, o Capuz, um líder de bandidos com poderes místicos, faz um acordo com o ex-parceiro de Frank Castle, o Microchip, para matar o anti-herói. Para isso, Microchip ressuscita os corpos da família do militar. Eles retornam transfigurados mas Frank recusa-se a se aliar ao Capuz para manter a sua família viva daquela forma, a sua recusa o leva a queimar seus corpos, tendo que ficar apenas com essa terrível imagem na memória.
Frank Castle construiu uma surpreendente amizade com o filho de Retalho, um dos seus maiores inimigos. O jovem penou muito nas mãos de um pai que violentava a sua mãe e faz questão de ajudar o Justiceiro a matá-lo. Quando o Justiceiro deixou de ser um monstro, o seu primeiro desejo no retorno a vida foi encontrar e matar Michochip e o Capuz.
Justiceiro No Sangue é uma mini-série em 5 edições em que o roteirista Rick Remender traz a essência do Justiceiro: cenas com muita violência destinado para jovens e adultos. Esse é um gibi que eu gosto muito principalmente por entender que o Justiceiro, por ser um psicopata enquadrado como anti-herói, não é um modelo para ninguém. É uma pena que em pleno Século XXI, ainda é preciso explicar o porquê de existir obras de ficção. Os anti-heróis e vilões sempre exerceram fascínio em qualquer época, mas na atual década se 10, muitos são levados pela intolerância e sangue e isso faz com que pessoas com mal formação de caráter tome esses personagens como ídolos a serem seguidos e saia fazendo vítimas na vida real e quem deveria estar horrorizado, acaba reforçando esse comportamento com comentários do tipo "Se eu tivesse lá faria o mesmo".
Estamos num tempo em que é preciso frizar que o Justiceiro não é personagem feito para crianças e eu não colocaria um material com esse conteúdo para elas. Compreendendo isso, saiba que esse gibi é excelente por trazer um protagonista que investiga sem pena, isso vai do vendedor de droga de rua, o neonazista, até o traficante engravatado (que a mídia insiste em chamar de "empresário"). O vilão (Retalho) também não fica por baixo e instiga em Frank Castle uma tortura psicológica que poucos conseguiram fazer. O roteirista trabalha bem as similaridades e diferenças entre os dois a parrir da seleção com Henry (filho do Retalho). O fato é que por mais ausente e abusivo que o vilão fosse, ele não estimulou o filho a contribuir no assassinato de pessoas assim como fez o Justiceiro. Os desenhos de Roland Boschi se encaixam bem na trama com um traço bem expressivo que causa impacto nas cenas de violência.
Essa mini-série é melhor compreendida tendo lido a fase escrita por Rick Remender na revista do Justiceiro que ocorreu antes da revista Fraken Castle. No Brasil Justiceiro No Sangue foi publicada no mix de Universo Marvel em 2012 nas edições 28 a 32.
HÁ SPOILERS APÓS A IMAGEM
Destaque da obra:
- Justiceiro enfrenta a sua ex-esposa Maria
- Retalho é dado como morto
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