Quadrinhos da Minha História


http://googleweblight.com/i?u=http://www.universohq.com/podcast/confins-do-universo-047-quadrinhos-da-nossa-historia/&hl=pt-BR&tg=57&tk=7367240202864611943

Após escutar o podcast Confins do Universo sobre "Quadrinhos da Nossa História" (clique no link acima pra ouvir) resolvi escrever algo, já que o programa me emocionou e me fez lembrar de várias coisas, algumas delas eu resolvi colocar nesse texto.

Os quadrinhos entraram na minha vida assim que eu aprendi a ler, de tão fascinado que eu estava com a recente habilidade, eu lia tudo o que via pela frente, inclusive o que eu não entendia. Eu lembro que num almoço de família, uma pessoa estava vendendo jornal no restaurante, eu queria ler aquilo mas fiquei encantado ao constatar que havia um caderno infantil, daqueles que saiam aos domingos. Uma outra lembrança foi o primeiro quadrinho que minha mãe me comprou, era um do Gasparzinho em que ele estava num bebedouro e a água estava visivelmente pela metade do seu corpo. Daí em diante tive contato com Disney e Maurício de Sousa.

O meu primeiro contato com heróis foi com um amigo que morava próximo, o seu nome é André. Ele possuía muitas revistas de vários gêneros, na época eu conhecia o desenho dos Superamigos e outros que passavam na TV. André me explicava que nas revistas as histórias tinham continuação e eu lia e ficava perguntando para ele o que havia acontecido até ali. Uma lembrança marcante é que eu era criança e tinha muito medo do diabo, um dos quadrinhos que eu vi era dos Novos Titãs em que eles enfrentava o demônio Trigon. É lógico que eu não ia ler aquilo nem a pau!

Iniciado no universo dos heróis, eu estava disposto a comprar quadrinhos de heróis além dos quadrinhos de humor, comprando revistas nos sebos de Teresina (vou colocar o link de um texto sobre isso). Anos depois de conhecer André, conheci Diogo cujo pai trabalhava como cartunista num jornal e possuía outros quadrinhos que eu não conhecia. Paulo Moura é pai do Diogo e tornou acessível conhecer Asterix, um quadrinho francês muito engraçado com desenhos bem detalhados do Império Romano. Nessa época conheci a Piada Mortal de Alan Moore e folheei algumas páginas do Asilo Arkham, não li porque achei muito pesado. Foi com Paulo que eu conheci Will Eisner e fui apresentado ao Mestre dos Quadrinhos.

Uma lembrança marcante logo depois foi a Morte do Super Homem, um dos primeiros quadrinhos que comprei em banca de revistas novas, aquilo era uma novidade, "vou comprar a revista que falaram no Jornal!" Comprei e não me arrependi. Porém foi com Desafio Infinito que eu decidi comprar revistas novas mensalmente e compro até hoje. Thanos estava com as joias do Infinito e iria matar metade da população do Universo! Iniciei a minha coleção de revistas novas com essa mini-série, além da mensal do Hulk e da "Liga da Justiça e Batman", a revista que iria mostrar o Batman aleijado e iria trazer um tecno-morcego.

Ler quadrinhos nos anos 90 era uma paixão solitária. Os poucos amigos que eu poderia conversar sobre o assunto ou pararam de ler ou se afastaram. Ainda assim persisti mas exclusivamente no mundo de heróis. Isso até o início dos anos 2000, quando eu tive contato com internet e lá os amigos virtuais, conheci um pessoal que falava de quadrinho adulto que eu não conhecia, Sandman, Preacher, Hellblazer... o que era aquilo? Conheci esse pessoal e a experiência única de ir pra encontro em que a gente passava a tarde lendo quadrinhos do selo adulto Vertigo.

A lembrança marcante seguinte foi o lançamento da revista mensal Vertigo pela Panini. Antes dela eu já havia decidido a ter quadrinho adultos entre as minhas compras, porém a publicação desse tipo de conteúdo enfrentava a barreira da descontinuidade, que muitos chamam "a maldição Vertigo". Com Vertigo, eu pude colecionar e gostar de quadrinhos além dos Super-Heróis.

Vertigo acabou e o contato com outros leitores também. Chegava a ver lançamento de quadrinho europeu em banca mas não tinha referência nenhuma sobre se aquilo era bom ou não. Deixei-me levar pelos heois e pelo preço, as editoras novas traziam consigo um preço bem maior.

Algum tempo depois chamou a atenção que os personagens da turma da Mônica haviam ganhado quadrinhos com uma edição mais adulta. Fiquei receoso mas soube o  quanto aquilo estava fazendo sucessão, porém estava ainda apegado aos quadrinhos americanos e também porque sempre comprei poucos quadrinhos por mês três ou quatro no máximo.

A tecnologia de wi-fi trouxe-me novas possibilidades,canais de YouTube sobre quadrinhos, grupos no Facebook temáticos e podcast (o que significa isso?) feito pelos criadores do Universo Hq que já era a minha referência em site sobre a Nona Arte. A minha coleção começa aos poucos a ter uma maior variedade, infelizmente não há recurso e nem espaço pra eu consumir tudo o quanto eu gostaria. Porém após 30 anos lendo gibis e tendo a necessidade de escrever, utilizo esse blog pra isso e tenho a intenção que os leitores iniciantes o utilize para se encontrarem nesse complicado porém fascinante mundo que são os quadrinhos.

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