Dane McGowan agora faz parte de uma célula Invisível e passa a usar o codinome Jack Frost. Ele passa a conhecer os outros membros do quinteto que ele compõe e é treinado em artes marciais. Mal dá tempo de ele absorver todas as transformações que a sua vida teve, ele é logo convocado para sua primeira viagem junto com os seus companheiros. Eles vão transferir os seus construtos psíquicos para a França medieval, é como se a alma de cada um deles viajasse no tempo para resgatar o Marquês de Sade, ou pelo menos o construto dele, antes de ser assassinado. Esse arco foi publicado pela primeira vez na revista Os Invisíveis números 5 a 8 pela Editora Brainstore de agosto a novembro de 2002. A republicação mais recente desse arco foi numa edição de luxo em junho de 2024.
Esse é um arco de quatro partes cuja leitura só é divertida no primeiro capítulo. A partir daí, o roteirista Grant Morrison faz uma série de referências que eu consigo identificar elementos do hinduísmo, a França medieval, o Iluminismo. Esse é um tipo de obra para o leitor ficar interrompendo a leitura para fazer pesquisas sobre as referências, já que há citações direta de parte delas. É aqui que essa obra me perde, tudo bem que as referências engrandecem a obra, mas a partir do momento que isso trava a narrativa, a ponto de a gente só entender da trama se for lá pesquisar, isso perde o meu interesse na obra. Parafraseando o Choque de Cultura, é como se a gente tivesse que fazer um curso para entender a obra e por isso eu não sou o público alvo dessa obra.
O traço desse arco é da desenhista Jill Thompson que não tem o estilo tão agradável quanto o desenhista do arco anterior, ela possui um estilo menos detalhista mas que, ao contrário do roteiro, vai melhorando até o final ao conseguir trazer personagens bem expressivos.
Os Invisíveis Arcádia é um arco que só vai piorando à medida que a leitura avança. Essa é uma obra pra quem todo o misto de referências históricas e antropológicas que o Morrison utiliza ou para o leitor que tem a paciência para ficar no Google pesquisando a cada duas páginas de quadrinhos lido. Caso você seja uma pessoa que como eu prefere obras que forneça a maior parte das informações necessárias para a trama dentro da própria leitura, ela não é recomendada.
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