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ESSE TEXTO CONTÉM SPOILERS
Essa é a conclusão dessa fase das histórias solo de Jonathan Kent como o único Superman na Terra. A proposta é encerrar os acontecimentos que se sucederam nessas 15 edições. Lois Lane vai a público expor que o presidente de Gamorra está fazendo manipulação genética com pessoas contra a vontade delas e gerando seres superpoderosos que fazem ação sob seu controle. É claro que não tinha como deixar por isso mesmo! Por isso Superman e o seu namorado Jay Nakamura contaram com a ajuda do Robin e convocam o grupo de heroís "Os Revolucionários" para invadir o país e prender o presidente Henry Bendix. Esse arco foi publicado na revista mensal do Superman números 14 e 15 pela Editora Panini em março e abril de 2023.
Essa conclusão resume bem o que foi toda essa fase do Superman escrita por Tom Taylor. Um enredo cuja trama ficou apressada e que traz uma leitura sem grandes emoções, aparenta que tudo foi feito de improviso. A ideia inicial é excelente: utilizar o principal nome da DC como símbolo da representatividade através de um personagem bissexual que usa o título de Superman. O herói iria representar também a luta contra os refugiados e combater a intolerância tão presente nessa época. Porém a proposta foi mal desenvolvida e tudo foi apresentado de maneira artificial devido a uma interação entre os personagens nada convincente. É preciso uma proposta sensível para tratar de temas polêmicos e não foi o que aconteceu aqui. Essa é uma fase pouca divertida que mais parece se aproveitar da pauta progressista apenas pra atrair leitor. É uma pena que a fase seguinte do Superman Jonathan Kent também está sendo escrita por Taylor. Apesar de tudo, Taylor deixa uma marca por ter escrito um Superman bissexual e acaba deixando nesse arco alguns ganchos para serem aproveitado em futuras publicações: Henry Bendix foi atirado no espaço, portanto como seu corpo não foi encontrado não tem como confirmar a sua morte. Jonathan Kent percebe que seus poderes estão se intensificando.
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Os desenhos são de Cian Tormey que tem um estilo cartunesco que não traz grandes destaques mas acaba se adequando bem ao ritmo da narrativa.
Cerco de Gamorra encerra essa fase de histórias solo de Jonathan Kent como o único Superman da Terra e acaba da mesma forma insossa que começou. Uma fase que gerou polêmicas mundo a fora ao anunciar um Superman bissexual. É uma pena que o roteiro não esteve à altura do desafio e acabou abordando a temática de uma forma superficial gerando pouca empatia com os enredos das histórias. Ainda assim, vale a iniciativa da DC de mostrar que os personagens sempre se adaptaram as pautas do mundo real seja em 2020, seja em 1930. Fica a esperança de um dia os editores da DC explorem o personagem com a sensibilidade que ele merece.
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