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Trauma é um extraterrestre de uma raça chamada Tróia e que, ao chegar à Terra, apaixou-se por Atalanta, uma heroína do grupo Panteão, que era chefiado pelo Hulk. Após ser impedido pelo Gigante Esmeralda de raptar Atalanta, Trauma retorna e consegue levá-la para o espaço. Com uma nave, o gigante leva consigo alguns seres superpoderosos para resgatar a heroína. Esse arco foi publicado de agosto a outubro de 1996 na revista mensal O Incrível Hulk números 158 a 160 pela Editora Abril.
Nesse arco o roteirista Peter David aproveita pra aprofundar nos sinais de que essa fase do Hulk com a mente de Bruce Banner estava chegando ao fim. O psiquiatra Doutor Samson mostra para Bruce que a maneira impulsiva como vem agindo não lembra em nada a racionalidade de um físico nuclear e por mais que Bruce não admita, ele percebe que há alguma verdade ali.
Sob essa crise existencial, Hulk vai para o espaço e percebe que o desafio é bem maior do que ele imaginava pelo poder militar dos troianos. Porém nessas coincidências que só os quadrinhos de herói traz, Hulk consegue fazer aliança com o Surfista Prateado e os Piratas Siderais, igualando mais a balança. Em meio ao conflito, Hulk descobre que os poderes dos membros do Panteão é fruto de um acordo com o ex-líder Agamenon que se dispôs a ofertar um dos membros do grupo para Tróia assim que ela solicitasse e, nesse caso, Atalanta seria essa pessoa.
Ao final Hulk consegue convencer Trauma a um embate mano a mano e durante a luta, ele sem perceber empurra o vilão numa lâmina na parede que o atravessa, matando-o. Essa situação vai atormentar a consciência do Gigante Esmeralda e trará dois ganchos para as suas histórias: a possibilidade do seu descontrole emocional levar a realidade da mini-série Futuro Imperfeito e a vingança de Armageddon, o pai de Trauma.
Peter David mantém aqui essa estranha mistura de piadas bobas, com a exploração da personalidade do protagonista e insere uma pitada de tragédia que faz com que o leitor não saiba direito o que sentir. Ao final o sabor da leitura é de diversão para aqueles que não se preendem tanto a coerência narrativa da trama. Os desenhos de Gary Frank soube lidar bem com essa salada, trazendo muita expressavidade com seus personagens cheio de caras e bocas além de quadros maiores detalhando o épico das batalhas. A participação do Surfista Prateado foi bem aproveitada no arco, diferente dos Piratas Siderais que não se sabe o porquê de estarem lá senão servir como furo de roteiro.
Hulk A Guerra de Tróia é um ótimo quadrinho daqueles que a gente lê rapidinho, ainda que acha contradições do roteirista misturar demais o drama com piadinhas, o resultado é um quadrinho divertido e esquecível para o leitor que vem acompanhando essa fase do Gigante Esmeralda.
Destaque da obra:
- Hulk mata Trauma, filho de Armageddon
- origem dos poderes dos membros do Panteão vinculada a Tróia
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