Com o fim da saga Noite das Trevas Death Metal, somos apresentados a um Universo DC de um futuro próximo. O Estado Futuro não se trata de uma mega saga ou um futuro alternativo, é mais como uma amostra do que está por vir no Universo e ainda que não seja um início de nada, acaba servindo como um ponto de partida para quem pretende passar a acompanhar algum dos títulos. Essa mini-série mostra que o Superman é o adolescente Jonathan Kent que sem as orientações do pai Kal-El precisa ser o protetor da cidade. Essa história foi publicada na revista mensal do Superman número 56 em novembro de 2021.
O manto de ser o Superman é muito pesado até mesmo para o filho dele que viera há pouco tempo do futuro. Jonathan Kent é um adolescente que precisa tomar decisões rápidas que envolvem a vida ou a morte e a sua inesperiência aliada a empatia de ver os cidadãos em desespero, dificulta que ele pense racionalmente.
Por causa disso, Jonathan decide encolher Metrópolis e escondê-la na Fortaleza da Solidão pra evitar que a inteligência artificial chamada Neurônios dominem a mente de todos. Uma decisão que a Supergirl discorda veementemente e que o próprio herói não sabe ao certo se foi a mais correta.
Apesar do início confuso de fim do mundo e isso vir seguida de um amontoado de informações, o roteirista Sean Lewis consegue superar isso e entregar uma ótima história. Eu sei que a crise de identidade de um herói que assume o nome do outro é algo muito clichê, contudo o que me atraiu foi o dilema moral da história. Se Jonathan aparenta ser um herói com uma personalidade sem sal como o pai, esse conflito interno é o diferencial. Além é claro do embate com a Supergirl que não alisa na reação quando ela percebe que o Superman está pisando na bola.
Os desenhos são de John Timms que tem um traço comum cujo maior destaque são a forma como ele explora as cenas de impacto. Eu acho que ele casa muito bem com o roteiro deixando tudo no mesmo nível de qualidade.
Estado Futuro Superman de Metrópolis é uma história que apresenta bem Jonathan agora atuando como Superman (até então ele era o Superboy). O personagem apesar de procurar ser moralmente perfeito como o pai ainda sofre por sua inesperiência que é o que o torna interessante, mesmo com a ausência do pai, a sua figura está ali, ao redor, assombrando como bem define o conceito de "Superego" na psicanálise. Há uma boa quantidade de anos que não leio histórias do Superman e consegui compreender o contexto nessa história, por isso considero um bom ponto de partida pra quem quer acompanhar esse Superman mais atual.
Ficha técnica:
Formato: 17X26 cm
Idioma: Português
Tipo de Distribuição: Nacional
- Autor(es): John Timms, Mikel Janin, Phillip Kennedy Johnson, Sean Lewis
- Tradução - Rodrigo Barros
- Check-List: Novembro/2021
- Classificação Etária: 12 anos
- Número de páginas: 96
- Lombada/Encadernação: Quadrada
- Tipo de capa: Cartão
- Classificação Etária: 12 anos
- Número de páginas: 96
- Lombada/Encadernação: Quadrada
- Tipo de capa: Cartão
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