Lanterna Verde - Blackstar



Grant Morrison definiu que iria trazer histórias do Lanterna Verde por temporadas, ao final da primeira, Hal Jordan resolve fazer parte da equipe dos Blackstar, uma milícia intergaláctica derivada dos protetores do universo chamada de Darkstars. O herói agora tem a oportunidade de saber como esse grupo é constituído para encontrar um ponto fraco para destruí-los ou para tornar-se um deles. Essa história foi publicada na revista bimestral do Lanterna Verde números 7 e 8 publicadas em 2020 pela Editora Panini. 

O roteirista Grant Morrison acaba concentrando a sua narrativa num único enredo, diferente do que ele fez na primeira temporada de Lanterna Verde. O início da história é bem duro de engolir por mostrar Belzebeth e Parallax (nome que Jordan adotou quando tornou-se um Blackstar) recrutando demônios e párias do universo para abandonar sua vontade própria e tornar-se um escravo do Controlador Mu. A história é contada de uma forma pouco convidativa e a gente se perde no tempo e no espaço da ambientação. Esse mal estar é proposital e se você confiar em Morrison, você saberá desses detalhes bem a frente. No final da primeira temporada deu a impressão de que havia algo errado com Jordan por ele voltar a se chamar de Parallax. Esse nome é o da entidade que habitou seu corpo quando ele enlouqueceu e saiu matando Lanternas Verdes pelo universo. Contudo a hipótese de Hal ter voltado a enlouquecer foi sub-explorada fazendo com que o autor abrisse mão de explorar o mistério sobre as intenções do Lanterna Verde.

Essa é uma história em três partes que mostra o poderio dos Blackstars no início, como Belzebeth entrou para o grupo na segunda parte e por fim a conclusão sobre o destino de Hal Jordan na terceira parte. Apesar de ter um início bem truncado, a história se desenvolve bem e o autor avança na complexidade da personalidade do protagonista por tomar uma decisão polêmica para resolver a situação. É aqui que a HQ fica interessante a ponto de valer a pena o incômodo inicial. 




Os desenhos são de Xermânico que tem uma arte detalhada e opta por quadrinhos grandes afim de ambientar bem os locais extraterrestres. Ele é um desenhista que traz personagens bem expressivos e que consegue colocar em imagens a complexidade das cenas do roteiro de Morrison. O que me causou estranhamento nessa história foi o fato da Editora Panini não dar um título como veio no original que ajudaria o leitor a compreender melhor o fato de não aparecer o Lanterna Verde propriamente dito, inclusive o título dessa resenha é uma tradução minha em cima do original. 

Lanterna Verde Blackstar é uma história que inicialmente não é atraente mas que vale a pena o desafio de ir até o final por mostrar um personagem que vai além do típico bom soldado. Essa é uma história que dá continuidade a primeira temporada de Grant Morrison e é indicada apenas pra quem já a leu, diferente dessa referida história, aqui o roteirista tomou uma ótima decisão em manter-se em explorar o enredo principal em vez de perder o leitor com tanta história desconexa. 

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Ficha técnica:

Tradução: Leo Kitsune Camargo

Formato: 17x26 cm

  • Marcas: DC
  • Autor(es): Grant MorrisonXermanico
  • Classificação Etária: 14 anos
  • Número de páginas: 56 (edição 7) e 48 (edição 8)
  • Lombada/Encadernação: CANOA
  • Tipo de capa: Cartão
  • Data de Lançamento: 18/09/2020

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