Wolverine Rio de Sangue - Um X-Man no Brasil

 


Wolverine vai ao Rio de Janeiro tirar férias e aproveitar o Carnaval, no caminho ele descobre que mortes estão acontecendo mas para ele tudo bem, investigar faz parte da diversão e, quando der, ele vai lá saber o que está acontecendo. Quando o mutante chega na Cidade Maravilhosa, entre uma caneca e outra de cerveja, ele reencontra o seu amigo policial Antonio Vargas, que acha as mortes na cidade estranhas mas podem ser apenas "coisas de carnaval".

Já deu pra perceber que o roteirista Joe Casey nunca pisou no Brasil e nem tem a mínima paciência para fazer pesquisas para o enredo. No decorrer da história a coisa só piora. Wolverine cai na gandaia morto de bêbado e é agredido por uma gangue de pessoas fantasiadas de qualquer coisa com ... tacos de beisebol! Aliás beisebol é o que Casey imagina ser o esporte mais popular no Rio já que em qualquer lugar tem alguém munido de um instrumento desses. Além disso, o roteiro não menciona, mas nessa época, o Wolverine tinha garras de osso e estava sem fator de cura, por isso ele estava sempre bêbado e um taco na sua nuca o levava a desmaiar, o que não deixa claro é o porquê do tamanho do desleixo com crimes ocorrendo ao seu redor e ele segurando a sintura de passistas em avenidas quaisquer. 

A ambientação é tão malfeita que é impossível ser brasileiro e não sentir-se incomodado com escolas de samba sendo puxada por pandeiros e ... maracas! Aliás por falar em samba, o carcaju teve um samba composto para ele quando ele veio na sua primeira vez, porque no Rio é assim, se um gringo qualquer se mete em uma briga num bar, ele ganha um samba imediatamente (cara, é muita vergonha alheia!)

Mas vamos à história! Quando o policial resolve finalmente investigar, eles descobrem que há chupadores de sangue matando gente na cidade. Tudo acontece de uma forma muito jogada e todos são muito mal caracterizados, a preguiça e o preconceito com os brasileiros fazem com que poucas peças no roteiro faça algum sentido. 

A história mostra-se como uma desculpa qualquer para que o desenhista Oscar Jimenez faça o Wolverine no meio de uma festa em que ninguém é de ninguém e todo mundo sai tirando a roupa por aí, se um corpo picotado aparece, a turma vai ao delírio, porque na cabeça deles, Carnaval é isso. Se não fosse a péssima ambientação, até que o traço do artista funcionaria bem mesmo com o Wolverine narigudo com uma cara de tiozão do churrasco.

Wolverine Rio de Sangue é uma edição especial publicada em 2001 pela Pandora Books e que traz uma aventura do Wolverine no Brasil feita por uma equipe criativa que não sabe nada sobre o Carnaval e nem se importa. Uma história cheia de preconceitos que, pra piorar, traz um roteiro fraco e com acontecimentos jogados e um final de trazer vergonha alheia. Passe adiante se você vir essa história porque nem vale a pena.


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