John Constantine é um personagem criado por Alan Moore nos quadrinhos do Monstro do Pântano. A DC resolveu aproveitá-lo em histórias próprias dando um título adulto chamado Hellblazer, o título foi o mais longevo do selo Vertigo tendo 300 edições publicadas. Um detalhe importante é que tanto o Monstro do Pântano como John Constantine foram criados no universo regular e pouco tempo depois foram transpostos para o selo adulto Vertigo. Com a proposta de reinício do tradicional Universo DC chamado de Os Novos 52, a Editora resolveu inserir ali o personagem e lhe deu uma nova revista chamada Constantine. Esse texto é sobre o primeiro arco dessa revista que foi publicada nos 2 primeiros números da sua revista mensal em 2014 no Brasil e que foi encadernada numa edição de luxo.
Ao retornar para casa, um amigo espera à porta, Chris que precisa de ajuda por estar possuido, o garoto aponta que eles precisam ir para a Noruega para apanhar um artefato místico poderoso chamado de A Bússola de Croydon. É lá que ele descobre que quem possui o corpo de Chris é Sargon, um dos magos do culto chamado Chama Fria, composto por ele, Zatara, Mister Io e Tannarak. Eles querem reunir os 3 artefatos de poder: a agulha, a bússola e o disco para seus próprios fins.
Essa é um arco de três partes em que tem a intenção de apresentar o personangens para quem só lê o Universo DC tradicional e a novos leitores. Essa é uma história completa que apesar de a história se encerrar, ela deixa algumas pontas para que o leitor continue lendo mais histórias do personagem.
John Constantine é mostrado como um anti-herói de moral duvidosa que coloca seus interesses pessoais acima do bem e do mal. Nessa história introdutória, já deixa claro que Constantine, apesar do vasto conhecimento de magia, utiliza da sua sagacidade e ironias para superar situações perigosas.
A história é escrita por Ray Fawkes e Jeff Lemire que tem a difícil missão de adaptar o personagem a um público mais jovem e a novos leitores. Além disso, esse é um personagem sem uniforme, sem apetrechos e sem poderes e tem a sua personalidade errante como atrativo para prender os leitores nas histórias.
Esse arco deixa de trazer detalhes importantes para a compreensão do enredo como por exemplo explicar um pouco mais sobre quem é o garoto Chris. Se há um erro como esse logo de início, o final também não contribui. O clímax ocorre de uma maneira muito simples frente ao tamanho do perigo que foi apresentado, o que deu a impressão de que a história em si era um pretexto qualquer para apresentar o personagem. Os desenhos, entretanto garante uma diversão que o roteiro não conseguiu. O paulista Renato Guedes tem um toque realista no seu traço que dá a história um ar de seriedade que o personagem merece. Os desenhos de Guedes trazem uma forma pouco usual de perspectiva e do ângulo da câmera que deixam o cenário mais interessante.
Contantine A Fagulha e a Chama é um arco que introduz o personagem que fez sucesso nos quadrinhos adultos para um Universo DC que pretendia ser reiniciado. Um arco que deixa de lado detalhes que tornariam a trama mais interesaante para fixar-se em criar ganchos para edições posteriores e focar na moral do personagem. Essa é uma revista que pretendia atrair novos e jovens leitores mas que traz uma sequência de situações mal explicadas, o que faz com que eu não recomende a leitura.
Destaque da obra:
- inicio das histórias solo de John Constantine em Os Novos 52
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