100 Balas - Coração Quente, Matador Frio


ESSE TEXTO CONTÉM SPOILERS

Esse é um arco em duas partes que foi publicada originalmente em 100 Bullets números 10 e 11. Um personagem novo entra para a trama, trata-se de Cole Burns, um homem que pilota um caminhão de picolé mas que vai passar a aparecer com frequência nas tramas seguintes.

Assim como qualquer personagem de 100 Balas, Burns tem uma vida simples vendendo picolés diariamente para crianças até que recebe a visita do agente Graves que entrega a ele 100 balas não rastreáveis e provas irrefutáveis de que a sua avó não morrera por acidente, mas foi vítima de um incêndio criminoso.

Essa poderia ser apenas mais um conto sobre uma história que até então parecia tratar-se de como pessoas comuns, e sem nada em comum, tiveram a vida destruída. Porém o que me fez escrevee sobre esse arco em específico aqui no blog é o fato de que aqui alguém pronuncia a palavra Croatoa e Burns transforma-se de sorveteiro para o mais hábil atirador existente. Isso mostra que o personagem já havia sido treinado, tinha experiência e havia perdido a memória.


Porém antes de eu continuar comentando essa arco, eu preciso falar da história quw ocorre antes dessa é Dia, Hora, Minute ... Man. Aqui o agente Graves encontra-se com Lono que afirma ter feito parte de um grupo com o misterioso agente chamado Minute Man. Até aqui não sabemos mais nada sobre do que se trata esse grupo exceto que há um outro grupo rival chamado de Truste e que o outro agente que trabalha com Graves, Shepherd, havia dito que todos os Minute Man estavam mortos.

A relação entre as duas histórias é que Cole Burns é um assassino treinado por ele ser um Minute Man, a história se encerra com Cole e Graves saindo juntos dando uma ideia de cumplicidade. A intenção é instigar a dúvida nos leitores sobre quem são os Minute Man e quem quer matá-los e como eles podem saber de forma tão detalhada sobre a vida de pessoas supostamente comuns.

Quando eu li 100 Balas pela primeira vez, eu tive uma ideia inicial que seria histórias soltas sobre um homem com uma mala e uma pessoa que teve a vida destruída e que iria se seguir como um estranho drama policial. Aqui começa a ficar claro que há algo maior em torno dos personagens e que há uma história por trás que amarra todos os acontecimentos.

Em 100 Balas, o que prende a minha atenção é como a tragédia dos personagens e a sua caracterização são tão próximas do real que eles parecem estar ali no barzinho da esquina. Os motivos que levaram outros a destruírem a sua vida também são críveis e isso permite nos deixar levar pelos elementos inusitados do enredo: as balas não rastreáveis e um homem que parece saber de tudo. O desenhista Eduardo Risso usa elementos sutis para destacar elementos da cena conferindo mais profundidade para o texto de Brian Azzarello que sabe utilizar o seu jeito de contar histórias como ninguém.

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Destaque da obra:
- a menção dos grupos rivais Minute Man e Truste.

- primeira aparição de Cole Burns

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