Top 5 e menções honrosas de 2019


O momento mais esperado do ano é quando ele acaba e todos sabem o porquê: pra saber quais os melhores quadrinhos adquiridos por mim no ano, lógico! 😄 Eu preciso entretanto esclarecer antes de publicar essa lista, aqui está os melhores entre os quadrinhos que eu adquiri que são muitos poucos em relação a tudo o que é lançado. Se você quiser acompanhar os quadrinhos que eu vou lendo durante o ano, clique aqui. Essa lista é dividida em duas partes: as menções honrosas, que são as republicações ou gibis lançados em outros anos e o Top 5 que são os melhores lançados em 2019, o texto traz informações parciais mas deixo os links das resenhas de cada uma dessas obras, lá cito os artistas, enredos e importância da obra.

 Em 2019 eu aproveitei os descontos para comprar muito clássico. Hellblazer Infernal escrito por Garth Ennis trouxe histórias do John Constantine na medida, um texto enxuto que coloca o mago mal caráter em situações inusitadas, cada edição parece curta tamanho o dinamismo das histórias.

Esse ano eu também destaco Daytripper de Fábio Moon e Gabriel Bá, uma obra existencialista que nos faz pensar sobre a brevidade da vida e outros conceitos existencialistas, a sensação de ler uma obra e isso nos levar a refletir sobre a vida é algo que me conquista numa obra. Se a reflexão sobre a própria vida é importante, conhecer o sofrimento de outras pessoas e pensar em soluções eficazes para isso é primordial. A Marcha do senador John Lewis mostra os Estados Unidos tratando de forma desumana os negros e a reação crescente pela luta pelos direitos civis com a intenção de dar dignidade para as pessoas independente da cor da pele.

Um outro destaque desse ano é Maus, o quadrinho que conquistou o prêmio Pulitzer de jornalismo é uma biografia de um sobrevivente do nazismo alemão escrito a partir de entrevista realizadas pelo seu filho, o quadrinhista Art Spiegelman. Maus traz os horrores num traço simples e mostra o quanto o nazismo foi desumano e a defesa de um massacre assim não tem cabimento em democracias.

Angola Janga foi muito premiada em 2018 e levou o prêmio Jabuti por aqui. A obra continua sendo publicada e elogiada em vários países mundo afora. O quadrinhista Marcelo D'Salete faz um trabalho primoroso de pesquisa, adaptação e inclui elementos de ficção numa obra em que ele escreve e desenha.


Finalmente vou citar as obras de 2019 que entraram no meu Top 5:

5 - Senhor Milagre - Tom King se destaca por fazer histórias de heróis irem além do habitual. Nesse gibi, o roteirista inverte o foco e coloca a vida cotidiana do casal Scott e Barda como foco enquanto acontecimentos bombásticos ocorrem no Universo DC. Os acontecimentos são tão críveis que não tem como não se enxergar na trama.

4 - Bill Finger - a história secreta do Cavaleiro das Trevas - produzida pelos brasileiros de Douglas Freitas, Diego Moreau e Zambi, a obra é uma biografia do artista que co-criou o Batman e foi esquecido. O trabalho de pesquisa e a narrativa são os destaques dessa obra que contribui muito para os 80 anos do Homem-Morcego.

3 - O Imortal Hulk - há alguns anos, Bruce Banner não estrelava histórias inéditas como Hulk. A volta do personagem para os gibis da Marvel têm um toque de terror que lembra o seriado dos anos 70, que foi quando eu vi pela primeira vez o personagem. Al Ewing e Joe Bennett traz uma história excelente nessas primeiras edições, eu só acho uma pena o fato de nesse momento ele já interagir com outros personagens do Universo Marvel, eu acharia melhor ele ter mais histórias do Hulk de forma solitária nessa pegada de terror.

2 - Tina Respeito - quando eu terminei de ler essa Graphic MSP, eu fiquei distraído nas várias ponderações que o gibi traz. Os incômodos e violências que as mulheres passam diariamente nos mostram como é difícil para elas conseguirem espaço além do que a sociedade machista impõe.

1 - Virgem Depois dos 30 - a editora Pipoca e Nanquim entra chutando a porta com o selo Draco de mangás. Um quadrinho documentário que expõe uma realidade escondida mas muito frequente no Japão. Uma situação que já mostra reflexos no Brasil que passou a ser vítima de atentado terrorista ocasionado por pessoas que culpam o mundo por sua inabilidade de se relacionar com os demais.


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