Quarteto Fantástico na Nova Marvel


Reed Richards descobre que está com uma ferida no braço que está cicatrizando de um jeito muito errado. Ele faz estudos para avaliar e percebe que as suas celulas estão ficando instáveis e isso está aos poucos atingindo as outras, é como se fosse um câncer cósmico. Como não há nada no universo conhecido que tenha respostas àquilo, ele resolve fazer uma viagem ao desconhecido. O Senhor Fantástico guarda para si esse segredo e convoca a família para um tur de estudos pelo universo, já que ele desconfia que a moléstia tem ligação com a radiação cósmica que deu os poderes ao Quarteto Fantástico.

Reed então planeja uma viagem não só no espaço mas também no tempo e promete voltar em quatro minutos. Como um bom cientista, a dúvida lhe persegue e ele resolve deixar o edifício Baxter para uma nova versão da Fundação Futuro. Cada membro do Quarteto iria indicar um integrante para compor a nova equipe que ficaria na Terra junto com uma ruma de crianças superdotadas.



Reed Richards mais uma vez engana a sua família e além de os levar para uma viagem pelo espaço sem dizer o real motivo, ele esconde o perigo sobre os seus poderes. Porém o roteirista Matt Fraction (com a participação de Christopher Sebela nas últimas edições) explora isso de maneira superficial. A ideia central do enredo é levar a equipe para outros planetas como se fosse um Star Trek da Marvel. Para acrescentar, o momento da Nova Marvel pedia que viagens no tempo fossem incluídas nos enredos do maior número de personagens possíveis e assim foi feito. O final do arco decepciona com uma solução deux ex machina que não mantém o ritmo criativo que as histórias estavam pedindo.

O destaque fica por conta dos desenhos de Mark Bagley que além de ter um traço com uma boa dosagem de detalhes, cria mundos e espécies extra-terrestres que enriquecem a história. O arco foi publicado no mix das 12 primeiras edições de Universo Marvel entre os anos 2013 e 2014.

O Quarteto Fantástico da Nova Marvel é um arco diverdido mas que, para o leitor que acompanhou a fase anterior de Jonathan Hickman, vai encontrar uma queda de qualidade nas histórias. A vantagem é que é possível compreender o arco sem necessariamente ter lido as histórias anteriores da equipe, com exceção da referência a Fundação Futuro mas que dá para entender sem nenhum conhecimento prévio. Um prato cheio para quem gosta de um enredo de ficção científica. É uma pena que Fraction não aprofunda o gancho dramático da história como poderia e nem faz um final à altura mas a narrativa e os desenhos conseguem prender bem a atenção.



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