Se o que lhe atraiu para a leitura desse texto for conhecer algo sobre a Mulher-Hulk do seriado, é uma pena. Em 2014, ano da publicação desse arco no Brasil, havia 4 personagens diferentes entre si: o Hulk, o Hulk Vermelho, a Mulher-Hulk e a Mulher Hulk Vermelha (por mais ridículo que pareça). Bett Ross é a alter ego dessa última personagem. Ela foi casada com Bruce Banner e foi morta pelo Abominável por.envenenamento por radiação gama. Líder e Modok fizeram experimentos e a ressuscitaram porém a transformaram num monstro vermelho. A Mulher-Hulk do seriado da Marvel é baseada na advogada Jennifer Waters que não será abordada nesse texto.
A Mulher Hulk Vermelha traz em si um sentimento confuso com relação ao Hulk, com a mesma intensidade com que ela o odeia, ela o ama. Uma outra característica da personagem é a sua rebeldia frente ao exército. Betty tivera um relacionamento quase que arranjado com major Talbot mas nutria uma grande admiração pelo cientista franzino Bruce Banner, com quem se relacionou a desgosto do seu pai, o general Ross.
Agora Betty estava distante tanto de Bruce quanto do seu pai e carrega na veia radiação gama para descer a porrada em quem ela decidir. Isso não foi uma grande dúvida quando ela descobre que o exército estava testando supersoldados financiados pelo governo. Cada um deles tinha um poder diferente e treinavam em equipe formando o Escalão. A reação da Mulher-Hulk Vermelha à equipe de supersoldados irrita o governo que pede aos Vingadores ajuda. O andróide Homem Máquina foi o vingador escalado para botar um pouco de juízo na vermelhona.
Inclusive é o robô que descobre a fonte de informação de Betty. Uma garota autista capaz de enxergar o futuro. A criança é capaz de se conectar a um supercomputador, chamado Terranômetro, que há milênios funciona e consegue calcular os eventos que vai ocorrer. Por isso, o Homem Máquina resolve se juntar a Mulher-Hulk Vermelha para impedir uma distopia, de início eles vão destruir o Escalão. Juntos eles irão impedir que o futuro, em que seres poderosos subjugam humanos, ocorra; nem que para isso a heroína tenha que enfrentar os Vingadores (que aparecem no arco só pra ajudar nas vendas).
A Marvel se esforçou muito para emplacar os Hulks vermelhos, criou revista própria; inserio-os nos Vingadores, Defensores e Thunderbolts; até nas séries animadas eles participaram, mas foi em vão! Há de convir que quatro Hulks é um número exagerado de personagens com o mesmo nome, o fato é que hoje temos apenas o Hulk e a Mulher-Hulk (ainda que ainda haja um Hulk coreano perambulando por aí).
A história desse arco começa mal, melhora com as explicações da motivação da personagem e encerra não encerrando. Na verdade a história não conclui e há apenas uma mudança no nome do arco seguinte, ficaria mais coerente ter um arco de dez partes do que dois arcos que contam a mesma história.
Eu não consigo me prender numa história escrita por Jeff Parker. O roteirista tem boas premissas mas raramente ele sabe conduzir a história. Se tem algo que vale a pena na história são os desenhos. Carlo Pagulayan e o mineiro Wellinton Alves fazem um belo trabalho, gosto muito da forma como eles utilizam a câmera para valorizar os elementos chave da cena, além de todos os detalhes que engrandecem o gibi.
Mulher-Hulk Vermelha O Inverno Não Conhece a Fúria é uma história boazinha como narrativa. Se você é daqueles que valorizam bem mais os desenhos do que o texto, eu recomendo esse arco. Ele foi publicado no mix da revista Universo Marvel números 5 a 8.
Leia também de Jeff Parker:
Thunderbolts - A Essência do Medo
Thunderbolts de Luke Cage
O Capuz Reinado Sombrio
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