Fundação Futuro primeiro arco


A morte do Tocha Humana deixou enormes cicatrizes no Quarteto Fantástico tanto que era impossível simplesmente chamar mais um herói e manter o grupo. Por isso, os membros fundaram um novo grupo mas com uma proposta ampla, além de ter uma equipe que salvasse o mundo, agora eles iriam treinar a mente de jovens com potencial cognitivo elevado para encontrar soluções e assim desenvolver o seu imtelecto.

A Fundação Futuro consegue manter a sigla FF de Fantastic Four (Quarteto Fantástico) e mudar completamente os uniformes com um design mais moderno e conectado ao mundo digital, além de trazer de forma sutil a dor da perda de um dos seus membros. Para fazer parte da equipe foi convidado o Homem-Aranha, primeiro porque esse era o interesse de Johnny Storm e segundo porque em 2012 (ano que a revista foi publicada aqui no mix de Universo Marvel) toda a equipe nova que aparecia contava com o Homem Aranha ou o Wolverine, para ajudar nas vendas dos gibis lógico.

As primeiras histórias desse arco a equipe precisa aceitar a presença de um outro membro inusitado: o Doutor Destino. A filha do Senhor Fantástico, Valéria havia feito um acordo com o Destino de devolver a sua inteligência que havia sido retirada pelo Líder em troca, o vilão iria ajudá-la a deter o próprio pai (não tem como um enredo desse não fascinar!). Valéria havia descoberto o conselho dos Reeds, várias versões do seu pai de realidades alternativas se reuniam para debater soluções de melhorias do universo, ela descobre juntamente com isso algo maligno que ela quer impedir, por isso seria tão importante a ajuda de Destino. Se não bastasse um Conselho de Reeds ser inusitado o bastante, Valéria Richards convoca os vilões mais poderosos do Quarteto para pensar junto com Reeds uma forma de derrotar os Reeds insanos de outras realidades caso eles venham aprontar no universo deles, o 616.


O arco traz tantos sub-enredos que citá-los só deixaria o texto extenso demais. Contudo, vale enfatizar que o arco cita as consequências da saga Guerra dos Reis e traz de volta o inumano Raio Negro que aparentemente havia morrido na saga. Contudo não é só ele que retorna a vida nesse primeiro arco; Ronan, o Acusador para impedir os planos de destruição dos Reeds de outros universos, acaba utilizando a mente de dois deles para ressuscitar a Inteligência Suprema dos Krees.

O roteirista Jonathan Hickman quando escreve um quadrinho, não poupa esforços, o melhor é que durante a leitura a gente vai vendo que tudo se encaixa. Quando ele começou a escrever as histórias do Quarteto Fantástico, ele faz uma história aparentemente boba de aniversário do Franklin Richards que recebe a visita do Homem-Aranha, ao final, as duas crianças filhas do casal do Quarteto recebe a visita de estranhos vindo do futuro, eles revelam sobre a Guerra das Quatro Cidades, guerra essa que fica completamente articulada nesse arco que demonstra como cada elemento do roteiro tem o seu lugar.

O lado negativo desse arco é que ele funciona como continuação direta da revista do Quarteto Fantástico que havia ficado um ano parada desde a morte do Tocha Humana. Para compreender bem esse arco, além das histórias do início da fase de Hickman no Quarteto, é preciso ter lido a fase de Mark Millar, além das sagas Aniquilação e Guerra dos Reis.

A Fundação Futuro deixa claro a ampliação de perspectiva de atuação do Quarteto. Isso pode ser visto na dinâmica entre as crianças treinadas que é bem interessante, além disso tem a situação inusitada da equipe contar com Doutor Destino como membro, isso funciona devido ao respeito do vilão pela garota Valéria, a sua afilhada que restaurou a sua inteligência. O elemento completamente deslocado fica pelo Homem-Aranha que está ali apenas para fazer algumas piadas habituais e atrair leitores mas a sua atuação em si é esquecível.

Esse arco foi desenhado por Steve Epting, Barry Kitson e Greg Tocchini com um traço limpo, com um estilo bem típico ao quadrinhos de heróis e que casa muito bem com a trama. Eu destaco o Barry Kitson pela habilidade de traduzir bem expressões emocionais quando o foco está nos diálogos. Esse arco foi publicado pela primeura vez no Brasil em 2012, no mix da revista Universo Marvel números 24 a 31. Uma ótima história que eu recomendo apenas àquelas pessoas que pretendem ler toda a fase de Jonathan Hickman no Quarteto Fantástico.


Destaques da obra:
- Homem-Aranha e Doutor Destino como membros da equipe;
- A volta do Raio Negro;
- A ressureição da Inteligência Suprema dos Krees.

Leia também:
Quarteto Fantástico - Três

Quarteto Fantástico - Consertar Tudo

Quarteto Fantástico - A Ponte

Quarteto Fantástico - Reconstrução

Quarteto Fantástico na Guerra Civil






Comentários