Thunderbolts de Luke Cage


Após a saga Reinado Sombrio era a hora do Universo Marvel voltar ao seu normal em que os heróis são os aliados das forças de segurança do governo. Assim, os Thunderbolts são reativados e para a sua liderança, Steve Rogers indica Luke Cage para o recrutamento de supervilões na prisão Gruta. A equipe basicamente é a mesma de outros anos, para dar uma "modernizada", são incluídos os Ossos Cruzados, o Fanático (mas uma versão menos poderosa) e o Homem-Coisa que, além de servir como transporte da equipe com o seu poder de deslocamento espacial, ele pode fritar qualquer um que demonstre medo ao seu toque.

A equipe faz uma primeira missão que tem apenas a intenção de mostrar a eles as consequências da sua fuga, lá os que tentam fugir é que vão sentir na veia os nanitas (micro-robôs que disparam energia) sendo ativados no seu corpo, com choque a nível celular que os deixam bem mansinhos. As missões iniciais pretendem mostrar que a revista tem uma proposta diferenciada, principalmente quando a equipe precisa lidar com monstros. Inclusive é numa delas que a asgardiana Troll, um misto de humana com troll nascida em Asgard, entra na equipe.


As missões dessa equipe são bem variadas indo do enfrentamento de criaturas mágicas até algo urbano como os Ninjas do Tentáculo, o arco aproveita para trazer um Ossos Cruzados soltando rajadas de energia após ter sido atingido por Névoas Terrígenas. A participação da equipe em Terra das Sombras foi algo sem nenhum sentido. Ah, tá um monte de vilão poderoso enfrentando ninja! Para ser um desafio maior, os ninjas se juntam e formam tipo uns monstrões. (Tá, eu concordo que já chega!) O primeiro arco termina com a vinda dos Vingadores que faz uma visita a prisão sede da equipe e também para dar uma ajuda nas vendas da revista.

O roteirista Jeff Parker tem boas ideias para enredo mas costuma desenvolvê-las muito mal, as histórias têm como foco os personagens novos mas não os desenvolvem dentro das histórias, as suas motivações, elaboração de planos secretos, manipulações. Luke Cage, demonstra uma decepção por não conseguir ser um exemplo de mudança de vida para os membros da equipe, mas em nenhum momento ele mostra-se como um chefe motivador, pelo contrário a todo tempo ele age como um carrasco controlador. O roteirista até quer entregar algo mais profundo mas não insere isso no decorrer da história e acaba jogando elementos soltos ao final do arco como um plano de fuga improvisado, união de membros e a desistência de Luke Cage.

Na verdade, os Thunderbolts de Jeff Parker tenta resgatar o clima sério da fase de Warren Ellis na equipe mas com um toque autêntico, pena que a tentativa é frustrada. Se você está começando a ler quadrinhos de herói agora, eu recomendo que procure bons roteiristas, se você vir o nome Jeff Parker, pule para outro quadrinho. Nos anos 2011 e 2012 (quando essa história saiu pela primeira vez aqui) ele escreveu várias revistas e geralmente essas características que eu citei em Thunderbolts também aparecia em outros heróis. Esse arco fez parte do mix da revista Universo Marvel números 15 a 17, 19, 21 e 22. Os desenhos são de Kev Walker e Declan Shalvey, o traço que, apesar dos detalhes, não me agrada devido a pouca expressividade dos personagens que parecem está sempre com uma cara engessada. Os Thunderbolts de Jeff Parker serve como referência de um momento em que a equipe foi liderada pelo Luke Cage mas eu não recomendo a leitura.



Destaques da obra:
- Thunderbolts chefiados por Luke Cage
- Ossos Cruzados desenvolve poderes de soltar rajadas de energia

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