Batman - Eu Sou Suicida


O que leva um milionário sair do sossego de sua mansão com um mordomo que sabe um pouco de tudo se tacar lá pra uma ilha cercade de criminosos por todos os lados, cujo chefe já lhe deixou aleijado? O roteirista Tom King chegou a conclusão de que o Batman só poderia ser um maníaco com tendências suicidas e escreveu um dos arcos mais importantes da sua fase com o herói.

O Cavaleiro das Trevas viu recentemente a morte de dois heróis próximos a ele e mais uma heroína que não se recuperou do trauma deixado pela manipulação das suas emoções pelo Pirata Psíquico. Após descobrir que o vilão estaria sob a custódia de Bane, Batman decide invadir Santa Prisca, país governado pelo gênio bombado. Contudo, ele traça um plano e, para realizá-lo ele levará quatro vilões do Asilo Arkham: Scarface, Colombina, Tigre de Bronze e Mulher-Gato (com um Pierrô que aparece de brinde), praticamente um Esquadrão Suicida do Batman.

A importância desse arco está em retomar A Queda do Morcego dos anos 90, quando Bane quebrou a espinha do Batman e, ao reinar sobre Gotham, fez um acordo com todos os vilões, sendo a Mulher-Gato a primeira deles. Tom King dá uma continuação a esse arco e constrói toda a sua fase com o Homem Morcego. Por isso, podemos entender a importância de Eu Sou Suicida. Batman - Bane - Mulher- Gato e mais uma pitada de amor são os elementos para amarrar diversas histórias.

A narrativa explora muito a dicotomia humano-extraordinário do herói. Batman entra na ilha repetindo como um mantra a sua ameaça a Bane, lembra quando você está muito nervoso e começa a repetir um "tudo vai dar certo, você está preparado"? A ideia é essa. Isso o impede de ver uma realidade de dezenas de mercenários atacando ao mesmo tempo e um cara sozinho com roupa de morcego para enfrentá-los. Enquanto isso, nós leitores ficamos nos perguntando para que aqueles vilões do Arkham e por que eles foram colocados separados em diferentes locais?

O arco foi todo desenhado por Mikel Janin que além de fazer lindos desenhos, carregados nos detalhes, faz um enquadramento soberbo construindo uma narrativa contínua dentro de uma página dupla só com um quadro. O roteirista Tom King entrega tudo o que promete e demonstra conhecer a fundo o seu personagem e consegue mostrar o quão complexo ele é. Eu Sou Suicida é excelente e indispensável seja para compreender tudo o que estar por vir na fase Tom King, seja como história do Batman de forma geral. O arco foi publicado em 2017 nas edições 6, 7 e 8 da revista mensal do Batman

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Destaque da obra:
- Primeiro contato de Batman com Mulher-Gato e Bane que são essenciais para a fase de Tom King na revista do Batman.

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