Stan Lee e Jack Kirby criaram os X-Men para, além de se comunicar com os adolescentes, criar uma metafóra para alertar o quanto o preconceito pode ser destrutivo. Quase 60 anos se passaram e muitos dos leitores ignoraram totalmente a mensagem ali expressa. Assim Tom Taylor escreve uma história com a intenção de retomar a temática inicial e ser ainda mais direto na mensagem sobre tolerância.
Jean Grey retorna à vida, junto com a Fênix que nessa fase Começo Fresco (o nome original é Marvel Fresh Start, como a Panini evitou utilizar o nome, eu vou usar o nome que o youtuber Vinícius 2Quadrinhos deu) vai ser um destaque. Isso porque nessa fase atual a Marvel deixou estabelecido que algumas entidades já viviam há um milhão de anos, dentre elas a Força Fênix, mas logo no início do encadernado, Jean Grey dispensa e entidade e passa a se guiar por si mesma. O encadernado A Ressureição de Fenix, explica esse retorno, ele acrescenta à leitura porém não é imprescindível pra compreensão da história.
Jean percebe que o mundo que ela reencontrou não mudou em nada, pelo contrário, o sentimento de intolerância está mais fortalecido do que nunca e grandes representantes políticos são os porta vozes desse sentimento que intensifica as mortes e a destruição.
Jean decide que quer retomar o sonho de Charles Xavier de um mundo em que todos possamos conviver com as diferenças, para isso, ela precisa resolver algumas pendências. Na história, Jean não se limita a ilha de Manhattan mas atua como uma representante dos mutantes no mundo e fala de igual com os líderes das maiores potências mundiais. É claro que uma proposta de paz e igualdade é algo insuportável aos ouvidos e Jean vai enfrentar uma antagonista à altura.
Esse é o primeiro de duas edições que chega ao Brasil. A história além de trazer uma proposta clássica no roteiro, consegue relacionar-se com a realidade atual.
A Equipe Vermelha dos X-Men é formada por Jean Grey, Noturno, Wolverine (não é esse, é a filha dele, a X-23, que assumiu o lugar dele), Tempestade, Namor e Gambit. Além desses, temos Trinaria e Gentil, não se preocupe com os novatos porque o roteiro os apresenta muito bem.
Agora preciso responder a pergunta que não quer calar: eu nunca li X-Men (ou já li mas faz 30 anos) vou entender alguma coisa? Sim! A história é bem explicada e não se foca em acontecimentos recentes. Uma pessoa que quer começar a ler porque assistiu os filmes vai entender facilmente. As referências aos eventos recentes tem as explicações necessárias para situar o leitor.
X-Men Equipe Vermelha - A Máquina do Ódio tem roteiro de Tom Taylor e desenhos de Mahmud Asrar e Pascal Alixe.
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