J. Michael Straczynki criou Rising Stars pra Image e pra Netflix foi cocriador de Sense8, ele já trabalhou também pra DC e pra Marvel. Nesse texto, vou falar das suas contribuições para a Primeira Família da Marvel, esse arco foi publicado pela primeira vez no Brasil entre 2006 e 2007 na revista Universo Marvel 18 e 21. O governo americano oferece a Reed Richard uma oportunidade para uma consultoria de um projeto secreto. Isso ocorre após sequência de Mark Waid que levou a equipe a invadir Latveria, gerando uma crise internacional entre os países. Com essa crise, o Quarteto teve que repor o prejuízo dessa situação, tendo que ficar praticamente com o pires na mão. Eles conseguiram provar que não era nenhuma célula terrorista mas as suas finanças não estavam no azul. Por isso, a proposta de Nick Fury parecia ser interessante.
Tudo se tratava em replicar uma nave semelhante a que levou o Quarteto pro espaço em todos os detalhes para com isso tornar uma equipe de soldados poderosos e sob controle do Estado. Reed Richards é muito mais inteligente do que eu e apesar do entusiasmo, sabe que aquilo vai dar merda. Para auxiliá-lo, é levada ao local secreto a Doutora Debra Amor, ela tem uma teoria simples mas que ninguém ainda havia atentado. Quatro pessoas estavam na mesma nave e submetidos aos mesmos raios cósmicos, então por qual motivos eles tinham poderes diferentes? A diferença estava nas características fenomenológicas de cada um deles. Os poderes estavam ali, porém seria a história de vida de cada um que determinaria quais seriam as caracteristicas desses poderes. Aqui Straczynski conta sobre a infância e adolescência deles para justificar o porquê de cada poder.
Esse é o enredo peincipal, porém o autor procura trazer outras situações para os demais peesonagens. Enquanto Reed está ali atento aos planos do governo, o Coisa descobre que como Reed não é parente dele, ele não poderia mecher no seu dinheiro. Ben Grimm descobre que seu dinheiro estava todo ale e rendendo. Ele agora tira a maior onda de milionário mas percebe que agora ele não é visto mais com um olhar de medo. A pergunta é: se você passou a vida sendo olhado com desprezo, você não vai tirar uma casquinha dessa falsa admiração e respeito que as pessoaa passaram a nutrir por você?
Já viu que o arco é bem existencialista ne? Pois pega mais realidade em história de herói! Sue Storm recebe uma assistente social em casa, ela está ali pra avaliar os riscos que seus dois filhos estão sendo submetidos e se ali é o melhor lugar para eles. O Edificio Baxter fica no centro de Nova York e aqui e acolá o prédio é atacado por algum supervilao, isso sem falar nas viagens que a equipe realiza, quem fica com as crianças? Será que é uma boa contar que Inumanos ficam como guarda-costas deles? Ser família e herói não é fácil mesmo!
Após mostrar os conflitos familiares, Straczynski volta a atenção sobre a atitude de Reed Richard sapós descobrir os detalhes sobre essa operação do governo. O arco continua intimista, com o Senhor Fantástico tendo a oportunidade de ver toda o início e o fim de uma existência e como se sucede as inevitáveis sucessões de um ciclo vital, um conhecimento assim, que vai permear diversas das suas decisões para um futuro breve. O autor retoma as subtramas e reinsere no contexto ao final, deixando o enredo bem redodinho. Os desenhos de Mike McKone tem uma leve pegada realista, o destaque fica por conta do seu trabalho na expressividade facial dos personagens.
Ainda que a resolução da trama tenha se utilizado de um deux ex machina, o argumento do autor para a trama vale muito a pena. À história do Quarteto Fantástico é dada uma explicação com relação às suas características pessoais de cada membro que provavelmente nem Kirby e Lee imaginaram. Isso em si já deixa uma contribuição do autor à equipe, além de influenciar o passado, esse arco é importante para a compreensão de futuras atitudes do líder do Quarteto, por isso, vale muito a pena ler esse arco.
Destaques da obra:
- a influência da personalidade dos membros do Quarteto na manifestação dos seus poderes;
- Reed Richards tem a oportunidade de ver o ciclo de início e fim das civilizações e passa a refletir sobre o seu papel quanto a isso.
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