Entre 1985 e 1986 a DC lançava a Crise nas Infinitas Terras e decidiu reformular os seus principais personagens, estabelecendo um início coeso. Durante o evento, Alan Moore escreveu uma Superman anual, uma mensal Superman e uma Action Comics com total liberdade para fazer o que quiser, já que em poucos meses tudo deixaria de ser levado em consideração; o resultado disso foi uma história que hoje é um clássico e uma ótima história sobre a morte do Homem de Aço.
A história que veio em Superman Annual 11 de 1985 conta que no aniversário do herói, Batman, Robin (Jason Todd) e a Mulher-Maravilha vão até a Fortaleza da Solidão levar presentes a ele quando eles encontram um Superman catatonico com uma planta enfiada no seu peito. O gigante Mongul havia dado a ele a planta Clemência Negra, uma planta mística capaz de causar um delírio de realização de desejo na vítima enquanto se alimentava do corpo da mesma. Superman vivia a ilusão de viver numa Krypton que não explodiu, junto ao seu pai.
Batman consegue retirar a planta do kryptoniano, porém a planta penetra no peito de Batman, que passa a vivenciar os efeitos da planta. Mas por que essa história é um clássico? Os clássicos tem o poder de permanecer mesmo após muito tempo de sua criação e costumam ser retratados através dos tempos, essa história serviu de base pra uma das histórias da animação Liga da Justiça Sem Limites e recentemente foi relembrada no seriado da Supergirl. O interessante da história é como Moore retrata Krypton, lembrando em muitos aspectos a Terra.
Na história seguinte "O que Aconteceu com o Homem de Aço?" Um repórter entrevista Lois Lane sobre os acontecimentos que antecederam ao desaparecimento do Superman. Ela conta que após ser torturado por Galhofeiro e o Mestre dos Brinquedos, Jimmy Olsen revela a identidade do herói e eles, com bonecos com lasers, revelam a identidade do Superman no planeta diário, queimando sua roupa de Clark Kent e deixando à mostra o seu traje.
O que se segue são inimigos aparecendo para ameaçar os amigos do Homem de Aço, forçando-o a levá-los para a Fortaleza da Solidão. Superman começa a desconfiar se aquele seria o dia da sua morte mas assim o deduz após a visita do grupo do futuro a Legião de Super-Heróis. A história tem a grande qualidade de trazer aquele estilo Alan Moore de humanizar os heróis e tentar tirar os excessos que a sua imagem de mito possui, uma história-homenagem com vários vilões e um final surpreendente.
Enquanto nos EUA essas histórias apareceram em 85 e 86, no Brasil elas foram publicadas pela primeira vez em 1991, um acerto da editora Abril que encadernou as duas na revista trimestral Super Powers, no caso a 21. Elas contaram com os desenhos ótimos de Dave Gibbons na Superman Annual e de Curt Swan, George Peres, Kurt Schaffenberger.
Destaque da obra:
- clássico do Superman escrita por Alan Moore
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