Superman - O Mundo de Metrópoles


Na década de 80, a DC reiniciou todo o seu universo que contava com uma infinidade de Terras e seus personagens passaram por diversas mudanças, deixando tudo confuso pra velhos e novos leitores. Crise nas Infinitas Terras reiniciou tudo e dessa época foi instituído os termos pré Crise e pós Crise pra que fosse situado uma história.

Com um universo reiniciado, coube a DC pedir que os quadrinhistas criassem a origem de cada personagem e os reformulasse. Para o Superman foi indicado John Byrne que fez três mini-séries: World of Krypton, World of Metropolis, World of Smallville. Como perdi o meu encadernado de Krypton :( irei fazer dois textos dos demais encadernados (no Brasil cada mini-série foi publicada em encardernados em 1989 chamados de Super-Homem Especial).

O Mundo de Metrópoles foram 4 revista dos personagens principais dessa cidade: Perry White, Lois Lane, Clark Kent e Jimmy Olsen. Para os desavisados, o Superman é apenas um coadjuvante nessas histórias de origem, não é bem uma origem mas cada história mostra as características marcante de cada personagem.


Na história de Perry White, esclarece o conflito pessoal do editor do Planeta Diário e Lex Luthor. Na história de Lois Lane, mostra o início da obsessão de Luthor por Lois Lane e a o quanto a obstinação dela conseguiu garantir sua vaga de repórter no Planeta Diário. Byrne, para mostrar o quanto Lex Luthor é amoral, escreve uma cena em que Luthor assiste uma gravação de uma troca de roupa de Lois Lane que ainda possuía 15 anos. Hoje felizmente essa parte seria editada já que a revista era pra um público de qualquer idade, porém naquela época infelizmente não se divulgava as terríveis consequências do abuso sexual de adultos em adolescentes. A história é válida como um registro histórico de pensamento da época.


Na mini-série não há Superman como protagonista mas para recompensar há uma história de quando Clark Kent agia antes de assumir uma identidade de super herói. Interessante como ele teria que se acobertar para não revelar que estava ali quando tinha que fazer algum ato heróico. Jimmy Olsen termina a míni-série. Se você conhece o personagem apenas do seriado Supergirl, você vai perceber grandes diferenças. A história foca na época em que Jimmy era um Office Boy e o seu esforço pra se tornar o fotógrafo do jornal. O mais interessante na história é a origem do relógio que emite som percebido apenas pelo Superman que ele usa pra emergência.


John Byrne, que assina os argumentos, é aquele artista que todo editor gostaria de ter na sua equipe criativa nos anos 80 e não era à toa. A sua redefinição no mundo do Homem de Aço serve como influência até hoje pra quem cria histórias do personagem. Os desenhos são de Win Mortimer que apesar de não fazer nada extraordinário, ele consegue segurar o desafio, principalmente quando Byrne opta por uns quadrinhos sem diálogos que as expressões faciais são essenciais para a compreensão da mensagem (e uma parte bem polêmica na história de Perry White). Uma excelente obra pra se ter ou revisitar de tempos em tempos.


Destaques da obra:
- redefine os principais personagens secundários do Planeta Diário
- referência até hoje na reestruturação do Superman

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