A série Marvel + Aventura trazia boas histórias que podiam ser entendidas mesmo por quem não está acompanhando as revistas do herói. A minha proposta nesse blog é comentar arcos ou mini-series e não histórias soltas, porém resolvi comentar sobre essa história e relacionar ao filme do Homem-Aranha.
A história mostra um personagem com deficiência múltipla (Joey Beal)' que não pode se comunicar e nem andar. Ele fica em cima do prédio onde mora e imagina-se voando. Num desses dias, o Vampiro Morbius o ataca e o Homem-Aranha o salva. O destaque fica após o embate do herói com o vilão. O Aranha retira sua máscara e olha para ele, Beal percebe a profunda tristeza que está no semblante do herói por trás de um sorriso amarelo.
Nós leitores de quadrinhos costumamos ser chatos com a nossa opinião e somos exigentes com as adaptações do cinema ou TV. Um filme que mostra um Homem-Aranha piadista e uma história cheia de ação certamente será uma adaptação superficial do personagem. O Homem-Aranha é motivado por uma culpa provinda de uma tragédia. As piadas são pra disfarçar o sofrimento que sente quando combate o crime.
Um filme que leve isso em consideração certamente fugiria do padrão pipoca ja estabelecido. É bem verdade que a aventura e o humor não estragam filmes do personagem, mas para ser uma boa adaptação é preciso ir além, é preciso mostrar o quanto é complicado salvar o mundo e se sustentar, o quanto manter duas identidades atrapalham as duas vidas. Qualquer filme que leve em consideração esses aspectos será mais provável de ter elogios.
Pelo menos fica a dica de leitura pra quem gostaria de entender a essência do personagem. Escrita por Paul Jankins e com ilustrações Paolo Rivera, que consegue mostrar em desenhos a rapidez e agilidade do personagem.
Comentários
Postar um comentário